Nós e as cidades - by Miguel Macedo
Que mobilidade temos?
Que mobilidade temos?
Mobilidade precisa-se nas cidades |
Hélio, jovem (?) arrojado das Caldas da Rainha, bateu recordes de audiências no youtube com uma queda de skate. Nesta adesão ao acidente em contramão, em plena estrada nacional, ainda ninguém viu a oportunidade para valorizar um transporte alternativo em meio urbano.
As cidades não estão preparadas para o skate nem para a bicicleta ou para os patins. Qualquer adulto se lembra de nas cidades os passeios terem sido até subtraídos aos peões para dar espaço aos automóveis. O que se vê é passeios onde “dormem” automóveis, espécies de ciclovias obstruídas por carros e outras aberrações pouco éticas mas que, por cá, se fazem sem castigo.
A UE estabeleceu até 2020 metas para redução em 20% das emissões de gases com efeito estufa. Estabeleceu ainda um aumento de 20% da eficiência energética e uma quota de energias renováveis 20% do consumo de energia primária.
Via usada por Bruxelas para sensibilizar para as questões da mobilidade sustentável, a Semana Europeia de Mobilidade, foi uma medida para sensibilizar a população. Vai uma década desde que no ano de 2002 a iniciativa começou a marcar a agenda de muitas cidades, por todo o velho Continente. Este ano estiveram inscritas 1.418.
Como tantas semanas ou tantos outros dias, saúdam-se as intenções, que já são mais do que ideias mais ou menos vagas. As instituições europeias oferecem prémios para as entidades que melhor promovem propostas de mobilidade amigas do ambiente. Umas fazem mais, outras fazem menos. Mas ainda não se chegou a conclusão de que é preciso uma política eficaz e, sobretudo, uma discussão que, quase sempre, só acontece em tempo de eleições autárquicas.
E depois destas semanas todas da mobilidade, o que se vai fazendo?
Miguel Macedo
Estudante de Arquitectura
Montijo (Nós e as Cidades é uma rubrica de Miguel Macedo, sobre urbanismo, mobilidade e bem-estar, que será publico quinzenalmente)
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