Greve!


Reticências da Sociedade by Ana Sofia Horta


Greve!

Olá!
Em primeiro lugar gostava de partilhar o meu aborrecimento por não saber o que pensam do que escrevo, nem saber sequer quem lê. Partilhem, dêem opiniões, corrijam-me se acharem que estou incorrecta. Desde já Obrigado.
24 de Novembro 2011 – Greve Geral. Como resposta obtivemos que a despesa realizada no dia 24 seria recompensada no Natal e no Ano Novo tendo em conta que não calham em dias úteis UAU, tanta a preocupação dos nossos políticos com o descontentamento das dívidas dos outros. Observemos dois exemplos de governo, de parlamento – Português e o Sueco: (retirado de duas noticias). 


Deputados de governo Português: “aumentar em 8 milhoes de euros os recursos para contratação de assistentes. Novo aumento de 1500 € por mês para os deputados o que perfaz 32 milhões de euros...situação de desemprego e crise social e ao mesmo tempo sem coragem de cortar nas despesas e ajudas de custo que todos os deputados têm direito. Um deputado pode receber, no dia em que viaja 300 € de ajudas de custo, mais subsídio de distância e subsídio de tempo, tudo fora de impostos. Chamando a isto um deputado: Andar a desrespeitar as dificuldades porque passam os nossos eleitores. Devemos dar o bom exemplo”. O vídeo que não passou nos media.

Políticos suecos sem luxos: “Na Suécia não têm direito a residência oficial, não recebem salário - apenas gratificação e têm outro emprego de onde recebem, não têm direito a gabinete, trabalham em casa. “Somos eleitos por cidadãos comuns e servimos para representa-los”. Lavandaria comum com marcação para lavar a roupa, vivem em apartamentos funcionais de 40m2, ou 18m2, e a cozinha é comunitária. Não há carro com motoristas, não há gabinete. Residência oficial tem 300m2 sem funcionários para as lidas domésticas. Os eleitores têm acesso aos gastos do governo através da Internet e arquivos.”

Acho que não será necessário fazer qualquer tipo de comparação com as minhas palavras. Não entendo porque políticos e futebolistas recebem tanto independentemente do que fazem, mesmo que o seu rendimento não seja bom.

Se são eleitos para nos representarem deveriam levar uma vida como a nossa e assim compreenderiam o que é ter um salário mínimo ou não ter, e ter despesas, ter filhos, não ter direito a subsídio de desemprego, andar de transportes e ter de contar os eurinhos, se não, andar a pé porque o dinheiro faz falta para outras coisas.
Qual o exemplo que nós temos? Criar divida? Ser luxuoso? Pagarem-nos quase para abrirmos a boca?

Monarquia? Onde? Se eu disser mal do presidente arrisco-me a multas. A ASAE manda mais nos negócios do que os próprios donos!
Que país exemplar somos nós?! Distribuam, igualdade de direitos, um político é escolhido por eleitores para representa-los, não para ganhar mais dinheiro. A nossa educação vai como vai, e os nossos professores ainda vão levar cortes, estaladas sem mão enquanto não se vê os custos do parlamento a reduzir!
Obrigada!


Ana Sofia Silva Horta
Educadora de Infância
Oeiras 


[Escreve todas as terças-feiras na rubrica Reticências da Sociedade]






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