Reticências da Sociedade by Ana Sofia Horta
Faltou o espírito de Natal
Faltou o espírito de Natal
Olá leitores!
Acabou o Natal, dia 24 e 25 já foi, espero que o Pai Natal tenha sido generoso, visto que a crise afectou o espirito de Natal pelo que me apercebi.
O meu Natal foi o mais doce de sempre a nível de bolos, talvez para esquecer a amargura de certas pessoas.
Tivemos em casa três crianças, uma minha sobrinha com 1 ano, e outras duas como sobrinhas emprestadas. Comemos o belo do bacalhau, os doces e bolinhos, vimos televisão e às 23 abrimos os presentes.
Como em todos os anos fiz a árvore genealógica da família e distribui e pedi para abrirem ao mesmo tempo, a minha irmã atirou o envelope para o lado e ficou tudo pasmado sem reacção. Só que eu pedi para me trazerem o envelope de volta. Não recebi nenhum obrigado, nem um comentário da prenda. A minha irmã fez questão de ter, mais uma vez, uma atitude infantil e ter essa atitude com 29 anos. O resto da noite tentou andar em contramão com a filha em relação a mim, o clássico.
E deixei continuar a noite com as sobrinhas emprestadas e a minha prima. Não gostei deste Natal, não pela atitude dela porque a ignorei, mas pela falta de espirito natalício que se sentiu.
Prefiro continuar a ser solidária ajudar quem precisa, tentar fazer cabazes e entregar, e tentar encontrar o meu caminho, que fingir que está tudo bem por dois dias. As pessoas em geral precisam de aprender a viver, aprender a ser. Não são as prendas que fazem o Natal, são as atitudes, a solidariedade, uma festa para reunir família e criar amor, paz, recordar. Pelo menos é assim que começo a ver o Natal.
Boas Festas,
Até para o ano... ou até ao próximo mês.
Ana Sofia Silva Horta
Educadora de Infância no Desemprego
Oeiras
[Escreve todas as terças-feiras na rubrica Reticências da Sociedade]
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