Empresa de inovação transfere projeto para Portugal

Uma Luz na Austeridade by Ana Esperança
Empresa de inovação transfere projeto para Portugal

Apesar de ter decidido comer 24 passas à meia-noite para saltar directo para 2013 e fugir às tão anunciadas dificuldades de 2012, optei por começar o ano a sorrir. E como “comportamento gera comportamento”, só tenho tido motivos para sorrir e vou partilhá-los convosco. O sol brilha quando devia estar a chover, os supermercados lançam grandes promoções quando o previsto era o aumento dos preços e ainda há empresas a querer investir em Portugal.


Ora, tendo em conta que até o Grupo Jerónimo Martins resolveu fugir às medidas austeras impostas pela Troika, é de louvar quando sabemos que ainda há quem queira investir em nós… A Altran, companhia europeia de engenharia avançada e consultoria de inovação, transferiu para a subsidiária portuguesa um projecto anteriormente executado na Rússia, deixando a cargo da Altran Portugal o apoio à aplicação de recursos humanos da empresa Technicolor. O nosso país obteve, assim, a nomeação de "plataforma nearshore" dentro do grupo Altran, tendo em mãos a manutenção da aplicação que gere essencialmente três processos: o recrutamento, o processo de gestão de carreira e a respectiva evolução salarial e processo de saída dos trabalhadores da Technicolor, uma empresa de tecnologia criativa.
A Altran explicou que esta oportunidade "permite optimizar custos, controlar e melhorar a gestão do serviço". De acordo com os responsáveis, a escolha de Portugal para a criação de um "centro de competências nearshore" está relacionada com a optimização da relação entre qualidade e preço em Portugal e o alavancamento da economia nacional.                    
Além disso, o facto de Portugal estar geograficamente próximo "dos principais players europeus" e de "a plataforma de nearshore ser uma alternativa credível às tradicionais plataformas de offshore existentes na Índia e noutros países", foram outras das justificações para a decisão. Célia Reis, directora-geral do grupo Altran em território português, acrescentou ainda que "o desenvolvimento do projecto em Portugal tem outra grande vantagem, que é a de podermos tirar partido da nossa software factory, utilizando os processos e ferramentas de apoio à análise, ao desenvolvimento e a testes".
Ao longo de um ano, a Altran Portugal será responsável pelo "apoio aplicacional de manutenção correctiva e evolutiva, comprometendo-se a resolver eventuais problemas na aplicação e gerindo a melhoria contínua do produto mensalmente".                                   
Para quem não conhece, a Altran é uma empresa de engenharia avançada e grupo de consultoria no campo da inovação. A missão do grupo passa por ajudar os clientes a criar e desenvolver novos produtos e serviços, precisamente um campo que muita falta faz em Portugal. Nasceu em 1982 e em 1998 entrou no mercado nacional com a Altrantec. Em 2009 deu-se a consolidação da marca Altran Portugal, que é hoje líder na Europa.
Efeito prático: Mais emprego, mais oportunidades, mais ajuda á imaginação dos portugueses e mais destaque (positivo) para o nosso pequeno rectângulo. Nem tudo é mau…

Mudando de assunto: Mais uma vez, caro leitor, não posso deixar de vos falar em solidariedade. Pois que o nosso povo está sempre pronto para ajudar já nós sabíamos e que gostamos muito de contribuir para o Livro do Guiness também é do conhecimento geral, agora que somos capazes de juntar ambas é que é uma novidade.
O projecto solidário “Maior Estendal do Mundo” no espaço de dois meses, conseguiu reunir nos pontos de recolha mais de 100 mil peças de vestuário. Um número recorde conseguido em tempo também recorde.                                                                                           
Num simples gesto de solidariedade que irá ajudar cerca de 20 mil portugueses carenciados, Portugal conseguiu o reconhecimento internacional. O Guinness World Records veio a Portugal certificar que a generosidade dos portugueses merece honras no famoso livro de recordes mundiais.
“As pessoas mobilizaram-se no sentido de dar aquilo que tinham em casa e que estava em perfeitas condições para depois ser doado às pessoas carenciadas que, desta forma, podem canalizar os recursos que usariam para a compra da roupa, para comprar produtos de necessidades mais básicas”, disse Maria Helena André, da Entrajuda.
Esta campanha de recolha de vestuário teve o apoio de vários grandes centros comerciais que quiseram participar numa das maiores campanhas de sempre deste género.
Á semelhança do ano que terminou, este pequeno espaço semanal pretende espantar a crise e falar de coisas boas. Como tal, boa semana e boas notícias!


Ana Esperança
Pinhal Novo

Nos dias que correm as palavras de ordem são austeridade, crise e contenção…
Pois bem, caros leitores, é minha intenção nestas breves linhas dar-vos conta das boas notícias de que os canais de televisão não falam e as páginas do jornal apenas mencionam em letras tão pequenas que nem damos por elas.
Chamemos-lhe “uma luz na austeridade”.







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