Pinhalnovense 2 – 0 Tirsense
Pinhanovense nos oitavos de final...
Quatro eliminatórias ultrapassadas – todas em casa –, 12 golos marcados e nenhum sofrido. É com este registo que a equipa do Pinhalnovense que agora joga a passagem às "meias" no Estádio do Mar, em Matosinhos, ante o histórico Leixões.
Na última época os ‘azuis e brancos’ fizeram história ao chegar aos quartos-de-final, mas o treinador Paulo Fonseca quer mais. “Temos a ambição de chegar às ‘meias’. Para isso teremos de voltar a vencer”. Em Pinhal Novo já tinham “caído” o Micaelense, o Maria da Fonte e o Fafe. O Tirsense, que já andou pela primeira divisão, aparentava ser um adversário complicado. No passaporte trazia o carimbo de liderança da Zona Norte da 2º Divisão [a mesma que o Pinhalnovense] e muita ambição. António Rocha, treinador dos Jesuítas [como os homens de Santo Tirso são conhecidos] tinha mesmo dito que a sua equipa era “claramente favorita”. Tanto, que o seu público compareceu em bom número ao estádio Santos Jorge com uma tarja a dizer: “Temos um sonho. Rumo ao Jamor”.
Mas, na verdade, o Tirsense nunca chegou a acordar e só não foi goleado porque o Pinhalnovense, em espaços, não teve a serenidade suficiente para “humilhar” o líder da Zona Norte. Foi fácil demais, disseram alguns. A equipa do Pinhal Novo foi, ao longo de todo o jogo, superior a um adversário que se expôs demasiado e evidenciou falhas defensivas que os locais, mais rápidos, não desperdiçaram e materializaram numa vitória que até tem números lisonjeiros para os visitantes.
Jogo de sentido único
Ainda antes do primeiro quarto de hora já se justificaria a vantagem para a equipa do Sul. Aos quatro minutos o Pinhalnovense podia ter inaugurado o marcador quando Miran amorteceu no peito e assistiu Mustafa para o primeiro remate perigoso da partida.
Com os Jesuítas atarantados com tanta velocidade azul-e-branca, o golo foi normal. Miran a ganhar a bola aos defesas, a deixa-los nas “covas” e a ultrapassar Pedro Albergaria que só teve tempo de agarrar os pés do “bom gigante” brasileiro. Grande penalidade e teria valido uma expulsão se o árbitro de Portalegre não tivesse sido tão “amigo”.
Quinaz foi chamado a marcar e não desiludiu. Estava feito o primeiro da tarde. Depois deste rombo esperava-se uma reacção positiva dos homens do Norte. Mas nada. Nem um pouquinho. Os do Norte pareciam arredados do jogo e só dava Pinhalnovense. Antes do intervalo Pedro Alves ainda marca mas terá feito em fora de jogo e por isso não contou.
Depois do intervalo, o Tirsense voltou igual. Ou seja: lento, previsível e sem chama para sacudir o jogo. Pedro Alves [mais um grande jogo], Quinz, Mustafá , Miguel Soares e Semedo [o motor da equipa] davam show de bola. Com o jogo nesta toada de sentido único, acabou por não surpreender o segundo golo da equipa da casa. E foi de novo Pedro Alves que, aos 63 minutos, ganhou a linha de fundo pelo lado direito e cruzou para a cabeça de Miran, que fez o golo que gelou o sonho dos adeptos de Santo Tirso.
Até final, com as substituições, nada se alterou. Os do Norte sem força para incomodar o nº1 de Pinhal Novo e a equipa do Sul [a única em campo] com posse de bola, dinâmica e a jogar bonito. Merecia-se ver mais golos. Que venha o próximo.
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