Assembleia Municipal de Setúbal contra CTT

Setúbal contra encerramento de postos do CTT na cidade

Em moções apresentadas na Assembleia Municipal de Setúbal, os deputados querem a reabertura das estações de correio que fecharam na cidade e a suspensão de qualquer processo de privatização dos CTT.  

Loja dos CTT, na Praça do Bocage, já encerrou

As estações dos CTT na Loja do Cidadão e na praça de Bocage, em Setúbal, foram recentemente encerradas, provocando graves transtornos para os setubalenses. Por outro lado, nas estações em funcionamento aumentou o tempo de espera, situação que atinge particularmente os cidadãos idosos forçados a aguardar em longas filas pelo pagamento das pensões de reforma.
Alertada e preocupada com este facto, a Assembleia Municipal de Setúbal aprovou uma moção, que reivindica a reabertura dessas estações, considerando que tal processo “está directamente ligada à anunciada privatização dos CTT, substituindo a lógica do serviço público, pelo princípio do aumento de lucros a distribuir pelos accionistas”.
Os CTT detêm actualmente a concessão do serviço postal universal cumprindo um papel fundamental de coesão territorial. O início da actividade do serviço postal remonta ao ano de 1520 onde se criou o correio público em Portugal. Um outro marco desta actividade é o início da distribuição domiciliária do correio, que data do ano de 1821.
A crise económica que o país atravessa e o período de especulação financeira desvalorizaram as empresas portuguesas. As empresas públicas não foram excepção. Este é, por isso, um período ainda mais negativo para quaisquer privatizações.
A moção da Assembleia Municipal de Setúbal refere que a função social dos CTT também é reconhecida. “Para muitos portugueses os CTT, para além dos serviços postais, funcionam como uma pequena entidade financeira de proximidade, onde têm acesso às suas pensões e reformas. Esta proximidade ficará em causa se a privatização for executada”, conclui a moção.

Agência de Notícias 

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