Requalificação da Escola Secundária de Pinhal Novo em causa

Obras da Secundária do Pinhal Novo estão paradas

A Deputada socialista, Eurídice Pereira, apresentou no dia 20 de Dezembro, ao Ministro da Educação, um conjunto de questões sobre a suspensão das obras de requalificação e reabilitação da Escola Secundária de Pinhal Novo. Em grosso modo, a deputada socialista quer saber as razões da suspensão das obras e está preocupada com a segurança da escola. 


Construída em 1987, há muito que escola superou a sua lotação máxima 


De acordo com o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, as obras de reabilitação e requalificação da Escola Secundária de Pinhal Novo, no concelho de Palmela, tiveram início em 2010 e, segundo as previsões, estariam prontas ao fim de três fases. Ao todo, seriam mais ou menos 18 meses até que a obra estivesse pronta.
Mas, aparentemente, algo se terá passado e, de acordo com Eurídice Pereira, “há dias, foram dadas indicações para a suspensão das referidas intervenções”. Deixando, a obra a meio. Segundo a deputada socialista a obra parou na 2ª fase e calcula-se que a fase 1 e 3 [um novo bloco para sala de aulas e área desportiva] já em curso possam ser concluídas.
Por agora a questão ainda é pouco esclarecedora e ainda não se sabe, ao certo, se as obras estão paradas na realidade. De acordo com o PS, o “projecto interligava as três áreas pelo que existem situações que levantam dúvidas relativamente a questões de segurança e de operacionalidade do próprio estabelecimento de ensino”.
Eurídice Pereira fala, por exemplo, “do sistema de incêndios que terá sido desactivado, continuando a funcionar, no bloco antigo, um laboratório de Fisico-Química sem a devida segurança; do sistema de águas pluviais que foi cortado não existindo, no terreno, saídas de água; dos quadros eléctricos que não foram substituídos porque se previa a colocação de novos, temendo perigo de curto-circuitos; da cota dos edifícios reconstruídos que foi elevada relativamente à parte que não está a ser intervencionada”.
Situações, segundo avança a deputada, colocam perigosidade na escola”. Diz ainda a socialista que “se não for realizada a 2ª fase, ficam por construir laboratórios e o número de salas diminuirá relativamente às anteriormente existentes”.

PS questiona ministro da Educação
Deputada quer explicações de Nuno Crato


Por tudo isso, Eurídice Pereira, quer saber do ministro da Educação, Nuno Crato, se as obras de reabilitação do estabelecimento foram, de facto, suspensas. E se foram, pergunta a deputada do PS eleita por Setúbal, por “quanto tempo e por que motivos?”.
Eurídice Pereira pergunta ainda ao titular da pasta da Educação, de como vão ser garantidas as questões de segurança face à suspensão das obras e como se pretende concluir o projecto sem prejudicar o normal funcionamento da Escola?”.
Para as perguntas da deputada da nação ainda não se conhece qualquer resposta de Nuno Crato nem se, de facto, as obras da Secundária de Pinhal Novo estão, ou não, suspensas.

Obras desejadas há muito tempo

Construída em 1987, a Escola Secundária de Pinhal Novo sofreria, em 1993, a sua primeira ampliação, com a edificação de 3 novos blocos e dos balneários de apoio à prática desportiva. Contando actualmente com 1300 alunos diurnos e 300 nocturnos (aproximadamente 60 turmas), a Secundária de Pinhal Novo superou, há muito, a sua lotação (estimada, grosso modo, em 50 turmas), debatendo-se com problemas de sobrelotação, inerentes ao crescimento demográfico da freguesia de Pinhal Novo, o que obrigou a alguma “ginástica” nos horários dos alunos. Com falta de sala de aulas, sem um pavilhão desportivo e a degradação de muitas das infra-estruturas, as obras de requalificação eram um desejo antigo.
No âmbito do programa de recuperação e requalificação das escolas e restantes espaços de ensino, assegurado e coordenado pela empresa do estado, Parque Escolar, a Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Pinhal Novo foi contemplada com uma intervenção profunda, que nas palavras da sua Directora, professora Maria Celeste Oliveira, se traduzirá, “ (…) numa escola totalmente nova, uma das melhores de Portugal”, frisou a responsável, em 2010 ao Jornal Impacto da Região.  

Agência de Notícias 

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