Criticas Soltas - by Joana Teófilo Oliveira
Justiça nunca é cega!... (pode é ter falta de visão)...
Finalmente! Depois de anos a ser posta em causa, a ver o seu nome vilipendiado em tudo o que eram meio de comunicação e a suportar os berros de Marinho Pinto, eis que a justiça portuguesa mostra que vai bem de saúde e cala todos os seus detractores. Como? Então não ouviram? Já está a ser julgado o perigoso criminoso que roubou um champô e uma embalagem de polvo e o ignóbil meliante que furtou uma embalagem de feijão-verde no valor de 0,77 euros também já está quase a bater com os costados na choldra! E o senhor Isaltino, coitadinho do senhor, pode respirar com tranquilidade porque já não vai ver o sol aos quadradinhos. O senhor teve de pagar [quase tudo o que desviou] para garantir a liberdade. Tenho pena dele! Deve ser mais um que não deve ganhar para pagar tanta despesa. Só em recursos, ui ui...
Isto é assim, de uma assentada, o país torna-se um lugar mais seguro, o que, além de ser óptimo para o turismo, também faz com que os funcionários da banca gozem mais tranquilamente os 25 dias de férias que conseguiram manter no acordo entre o governo e os sindicatos UGT, que eles bem merecem porque se têm portado como verdadeiros heróis neste combate à crise, que ninguém sabe bem de onde apareceu nem quem são os culpados, coitados.
Pois é, caros leitores, com isto nunca mais quero ouvir “a justiça não funciona”, acabou-se o “não confio na justiça portuguesa”, jamais voltarei a escutar “o pobre rouba pão e vai preso, o rico rouba um milhão e sai iles… Se calhar este podem dizer... Mas, apesar das boas notícias, nem tudo corre bem em Portugal. O nosso Presidente está à beira da falência. Parece que quando Cavaco subiu ao coqueiro não estava a levar a cabo uma actividade turística mas sim a lutar pela sobrevivência. Eu nem imagino o que é a angústia de viver com 10 mil euros por mês, aquela incerteza: “Será que este dinheiro chega para comer bolo-rei a todas as refeições? Terei posses para comprar um viagem para os filhos, amigos dos mesmos e para a Maria para irem todos passar um mês a Cabo Verde ou ao Brasil? Conseguirei ter bagalhoça para… Hei! Espera lá, cortei nas prendas aos filhos dos cem empregados e já poupei alguma coisa para oferecer um banquete à senhora Angela Merkel quando ela vier cá nos obrigar a ter que passar fome”.
Não é fácil ser Cavaco Silva. No meio disto tudo, o que mais temo é que, estando no limiar da pobreza, o nosso Presidente, o meu país já esteja todo a cair de fome! E com isso já não se brinca. E, infelizmente, há uma verdade em tudo isso.
Joana Teófilo Oliveira
Estudante de Ciências da Educação
Quinta do Anjo
Estudante de Ciências da Educação
Quinta do Anjo
(Escreve todas as segundas-feiras na rubrica Criticas Soltas)
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