PCP crítica política de transportes fluviais
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, classificou como “um retrocesso de 25 anos” e “uma brutalidade” os cortes nas ligações fluviais entre Lisboa e o Seixal, propostos pelo grupo de trabalho que analisou a reestruturação dos transportes em Lisboa. O homem forte do PCP foi esta manhã do Seixal a Lisboa, de barco.
Jerónimo de Sousa foi hoje conhecer transportes fluviais no Tejo |
O grupo propõe o fim da ligação fluvial Trafaria-Porto Brandão-Lisboa, devido à reduzida procura, e que as ligações Lisboa-Montijo e Lisboa-Seixal apenas se realizem nos dias úteis e em períodos de hora de ponta.
“Haverá uma redução brutal de carreiras que, com o agravamento das condições de vida e com o aumento dos preços dos transportes públicos, implicará um retrocesso inaceitável contra esta população laboriosa”, criticou Jerónimo de Sousa a bordo de um barco da Transtejo, durante uma acção de contato com os utentes que faziam esta manhã a ligação Seixal/Lisboa.
No entender do secretário-geral do PCP, os cortes previstos vão “empurrar os utentes para alternativas mais caras”, nomeadamente do setor privado, como os comboios da Fertagus ou os transportes urbanos.
Deve-se apostar no transporte fluvial
Trabalhadores e sindicatos estão igualmente contra as medidas propostas apresentadas ao Governo. “Está-se a apostar na destruição do transporte público com a redução significativa da oferta e com o corte na mobilidade às populações, nomeadamente à mobilidade nas duas margens do Tejo”, criticou José Oliveira, da Comissão de Trabalhadores da Transtejo e membro da Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Para o responsável, o plano de reestruturação proposto pelo grupo de trabalho para o setor dos transportes públicos não passa de um “plano de privatizações de transportes” e defende outro caminho.
“Deve apostar-se na dinamização do desenvolvimento do transporte fluvial e do transporte público em geral, criando um fator de intermodalidade de transportes e um elemento de plano estratégico de transportes”, salientou José Oliveira, após a chegada ao Cais do Sodré.
O grupo de trabalho propõe ainda, nas ligações Lisboa-Cacilhas e Lisboa-Barreiro, uma menor utilização dos novos ferries e a utilização de navios de menor consumo, a antecipação da hora de encerramento do serviço diário e a redução de frequência aos fins-de-semana.
Estas medidas devem permitir uma poupança anual de 7,2 milhões de euros ao Grupo Transtejo, que também detém a Soflusa.
Para o responsável, o plano de reestruturação proposto pelo grupo de trabalho para o setor dos transportes públicos não passa de um “plano de privatizações de transportes” e defende outro caminho.
“Deve apostar-se na dinamização do desenvolvimento do transporte fluvial e do transporte público em geral, criando um fator de intermodalidade de transportes e um elemento de plano estratégico de transportes”, salientou José Oliveira, após a chegada ao Cais do Sodré.
O grupo de trabalho propõe ainda, nas ligações Lisboa-Cacilhas e Lisboa-Barreiro, uma menor utilização dos novos ferries e a utilização de navios de menor consumo, a antecipação da hora de encerramento do serviço diário e a redução de frequência aos fins-de-semana.
Estas medidas devem permitir uma poupança anual de 7,2 milhões de euros ao Grupo Transtejo, que também detém a Soflusa.
Agência de Notícias
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