Afinal ainda somos um país interessante…

Uma Luz na Austeridade by Ana Esperança
Afinal ainda somos um país interessante…

Quando pensamos que já nada interessa no nosso pequeno rectângulo, a não ser o aeroporto para “fugir” da crise para países “com futuro”, um relatório preliminar da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento, o "Global Investment Trends Monitor", demonstrou que o investimento estrangeiro em Portugal subiu para 4,4 mil milhões de euros em 2011, o que corresponde a um aumento de mais de 200% face ao ano anterior.



Este aumento faz do nosso país a terceira economia desenvolvida a registar um maior crescimento no ano passado, a seguir à Áustria e à Itália, sendo que o valor de partida nacional é mais baixo do que o destes dois países.
O destaque para Portugal deve-se principalmente ao facto de a nível global, os fluxos de investimento directo estrangeiro terem crescido 17% entre 2010 e 2011. As nações em desenvolvimento continuaram a ser responsáveis por metade dos fluxos globais e atingiram mesmo um novo recorde, impulsionado por investimentos na América Latina e nas economias de transição.

No entanto, antes mesmo de serem divulgados estes dados, já o IKEA anunciava que o plano de crescimento do grupo se prepara para duplicar o actual volume de compras, de 100 milhões de euros, junto de fornecedores portugueses. A directora-geral desta empresa de mobiliário em Portugal, Kristina Johansson, admitiu, numa entrevista ao Diário Económico, que nos próximos anos é possível duplicar este valor, apoiada na estratégia de abertura de novas lojas a nível mundial e na política de preços baixos que irá trazer mais clientes, o que representará oportunidades de fazer mais compras em Portugal.
O IKEA admitiu mesmo que "A maioria das mercadorias dos fornecedores portugueses em várias áreas, desde colchões, porcelanas, sofás, vai para exportação.” Além disso ainda contam com a fábrica no Norte do País, através do grupo Swedwood, onde 90% da produção é para exportar. Neste momento, são sete os produtores portugueses que têm contratos com a empresa, cujos produtos chegam a vários destinos onde a marca está a presente, da Ásia aos Estados Unidos.

Já que falamos de produtos portugueses, a nossa confecção de calçado está novamente nas bocas do mundo e, como sempre, pelos melhores motivos.
Numa semana em que várias grandes marcas de renome internacional revelaram ter as suas indústrias em Portugal, o calçado português vai estar mais uma vez em destaque no estrangeiro, desta vez nas páginas da prestigiada revista Vogue Itália, numa edição especial dedicada a acessórios, no próximo mês de Março. Todas as fotografias têm como pano de fundo a nova Capital Europeia da Cultura, a cidade de Guimarães.
A Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado (APICCAPS) indicou que o editorial de moda já está a ser preparado e será publicado, em Março, na maior publicação de acessórios de moda do mundo, integrada na Vogue Itália, que tem uma tiragem de 350.000 exemplares.
Apesar da crise económica, o sector do calçado português continua a crescer tendo já estabelecido acordos de exportação com cerca de 130 países. Saiba-se, caro leitor, que só em 2011, esta indústria registou um crescimento de 17%. De acordo com a AFP, existem, neste momento, 1.300 empresas nacionais dedicadas ao calçado que empregam cerca de 40.000 pessoas, produzindo 70 milhões de pares de sapatos por ano.
Só a título de curiosidade, importa saber que há uns anos atrás o calçado português, quando exportado, via trocadas as suas etiquetas por “made in Italy”, hoje em dia tal já não ocorre pois é conhecida a excelente qualidade da confecção nacional. 


“Ora Borlas”: Como não poderia deixar de ser, caro leitor, mais uma vez faço questão de partilhar um novíssimo espaço de partilha de “borlas”, proporcionar a todos uma vida mais confortável e sustentável sem que seja necessário gastar dinheiro é o objectivo da nova plataforma portuguesa online. O site www.vidagratis.pt.la sugere inúmeras hipóteses para reduzir o custo de vida através de partilhas, reutilizações e troca de objectos e de serviços.Com o objectivo de divulgar a informação associada ao conceito de “Vida Grátis”, o novo portal reúne num único local outros sites que oferecem serviços e ideias para um estilo de vida mais sustentável, tão adequada ao novo estilo de vida dos portugueses...                           
Desde a troca de livros e de casa, passando pelos bancos do tempo e pela sugestão de eventos culturais, este portal oferece múltiplas hipóteses para enfrentar a sociedade de consumo de uma forma mais criativa e sustentável. Assim, o Vida Grátis serve de porta de acesso para sites de trocas e partilhas já existentes como, por exemplo,  o Freecycle, o Banco do Tempo e o Troco 1 hora.

Boa Semana, muitas borlas e excelentes noticias,




Ana Esperança

Pinhal Novo


Nos dias que correm as palavras de ordem são austeridade, crise e contenção…

Pois bem, caros leitores, é minha intenção nestas breves linhas dar-vos conta das boas notícias de que os canais de televisão não falam e as páginas do jornal apenas mencionam em letras tão pequenas que nem damos por elas.

Chamemos-lhe “uma luz na austeridade”.





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