Vinhos de Setúbal celebram aniversário do Navio Escola Sagres
A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) organizou o lançamento ontem, dia 9, na Gare Marítima de Alcântara, a bordo do Navio-Escola Sagres, em conjunto com três produtores da região, duma edição especial de vinhos para celebrar os 50 anos deste Navio sob a bandeira de Portugal e os 75 anos de vida do Navio de Treino de Mar Creoula. O Navio tem, nos últimos anos, transportado vinhos de Setúbal pelo mundo. Quando voltam, dizem os enólogos, estão mais maduros.
Desde há muito tempo que navio transporta vinhos de Setúbal |
A bordo do Navio-Escola estiveram mais de uma centena de pessoas, que receberam os novos embaixadores vitivinícolas portugueses. As palavras de apreço da Marinha, pela voz do Almirante Comandante Naval José Alfredo Monteiro Montenegro, dizem quase tudo: “há mais vida para além da dívida, alguém disse, e isto que estamos aqui a fazer hoje é viver e a apostar no que é português”.
José Maria da Fonseca, Malo-Tojo e Sivipa prestaram a sua homenagem com quatro vinhos da Península de Setúbal – um branco, um tinto, um tinto reserva, e um moscatel roxo – que baptizaram com os nomes dos símbolos de navegação portuguesa – “NRP Sagres” e “NTM Creoula”.
Para a José Maria da Fonseca (JMF), o Navio-Escola Sagres tem sido, nos últimos anos, palco das experiências de reedição dos seus Moscatéis “Torna-Viagem”. “Foi com enorme orgulho que nos associámos a estas comemorações, criando uma edição especial de vinho branco para a qual se criou uma imagem própria em honra do Navio”, afirma o engenheiro Domingos Soares Franco. Para o efeito, foram produzidas 900 garrafas do vinho Branco “NRP Sagres” e 300 garrafas Branco “NTM Creoula”. O vinho apresenta-se num estilo moderno, resultado do casamento entre as castas Moscatel de Setúbal, Viognier, Verdelho e Viosinho.
José Maria da Fonseca, Malo-Tojo e Sivipa prestaram a sua homenagem com quatro vinhos da Península de Setúbal – um branco, um tinto, um tinto reserva, e um moscatel roxo – que baptizaram com os nomes dos símbolos de navegação portuguesa – “NRP Sagres” e “NTM Creoula”.
Para a José Maria da Fonseca (JMF), o Navio-Escola Sagres tem sido, nos últimos anos, palco das experiências de reedição dos seus Moscatéis “Torna-Viagem”. “Foi com enorme orgulho que nos associámos a estas comemorações, criando uma edição especial de vinho branco para a qual se criou uma imagem própria em honra do Navio”, afirma o engenheiro Domingos Soares Franco. Para o efeito, foram produzidas 900 garrafas do vinho Branco “NRP Sagres” e 300 garrafas Branco “NTM Creoula”. O vinho apresenta-se num estilo moderno, resultado do casamento entre as castas Moscatel de Setúbal, Viognier, Verdelho e Viosinho.
Moscatel roxo também entra na viagem
Coube à produtora Malo Tojo a produção dos vinhos tintos 2010 “NRP Sagres” e “NTM Creoula”, com uma produção de 10 mil garrafas, e dos tintos Reserva, 2009 “NRP Sagres” e “NTM Creoula”, com 3 mil garrafas. Para Luís Simões, enólogo residente, foi “com enorme orgulho que aceitámos este desafio da Marinha. O que procurei foi a ligação ao mar, criando vinhos frescos e elegantes.” O Tinto 2010 resulta das castas Castelão e Syrah e o tinto Reserva 2009 da união das castas Touriga Nacional e Alicante Bouschet.
Já o Moscatel Roxo 2009, produzido pela Sivipa, foi o licoroso seleccionado entre dezenas para esta edição comemorativa. Com uma produção de 5 mil garrafas, os Moscatéis Roxo “NRP Sagres” e “NTM Creoula” marcam presença no portefólio especial. “A Sivipa orgulha-se de ser um dos poucos produtores de Moscatel Roxo e orgulha-se bastante de que a Marinha tenha seleccionado este néctar para as comemorações do Navio-Escola Sagres”, refere Filipe Cardoso, enólogo e administrador da Sivipa, empresa de Palmela.
Já o Moscatel Roxo 2009, produzido pela Sivipa, foi o licoroso seleccionado entre dezenas para esta edição comemorativa. Com uma produção de 5 mil garrafas, os Moscatéis Roxo “NRP Sagres” e “NTM Creoula” marcam presença no portefólio especial. “A Sivipa orgulha-se de ser um dos poucos produtores de Moscatel Roxo e orgulha-se bastante de que a Marinha tenha seleccionado este néctar para as comemorações do Navio-Escola Sagres”, refere Filipe Cardoso, enólogo e administrador da Sivipa, empresa de Palmela.
A história do “Torna-Viagem”
Depois de passar a linha do equador duas vezes, vinhos melhores |
Recorde-se que a JMF descobriu o “Torna Viagem” há mais de um século, sendo que, nessa época, era comum levarem à consignação cascos de Moscatel de Setúbal. Os comandantes nem sempre os conseguiam comercializar na totalidade. Assim, na volta a Portugal, os cascos eram devolvidos à casa mãe e, ao serem abertos, geralmente o vinho estava bastante melhor do que antes de embarcar. A passagem pelos trópicos, a caminho do Brasil, África ou Índia, quando atravessava por duas vezes a linha do Equador, uma na ida, outra na volta, melhorava a qualidade do Moscatel de Setúbal e conferia-lhe grande complexidade. E assim se fez –e faz – um dos melhores vinhos do mundo.
Paulo Jorge Oliveira
Comentários
Enviar um comentário