Pela Política... PCP critica Lay off de empresa de Montijo

Comunistas contra lay off da UNICERAM

Os deputados do PCP interrogaram o governo sobre as medidas que vai tomar para que não se verifique o “desrespeito pelos direitos dos trabalhadores” na empresa UNICERAM, no Montijo. Os deputados sublinham que, esta situação de lay off, que “vai causar graves problemas aos trabalhadores e suas famílias durante vários meses" e querem medidas urgentes por parte do Governo. 

PCP quer respostas do Governo para lay off na UNICERAM



Os deputados do PCP Bruno Dias, Francisco Lopes, Paula Santos, Miguel Tiago e Rita Rato querem saber qual a posição do governo sobre a situação laboral empresa UNICERAM, Cerâmicas Associadas, SA.
Esta empresa, sediada em Alto Estanqueiro Jardia, concelho do Montijo, dedica-se à produção de produtos cerâmicos certificados para a indústria da construção e comercialização de matérias-primas, tendo actualmente três unidades fabris (Montijo, Pegões e Torres Vedras), com um total de 92 trabalhadores.
Os parlamentares comunistas tomaram conhecimento do processo que foi desencadeado recentemente pela administração da empresa junto do Ministério da Economia e Emprego, no sentido de recorrer ao “lay off”, procurando colocar nessa situação um conjunto de 42 trabalhadores, quase todos por um período de seis meses.


Lay off preocupa trabalhadores

“O sindicato foi confrontado com esta intenção de proceder ao lay off a 13 de janeiro, numa reunião no Ministério da Economia e Emprego relativa ao caderno reivindicativo para a empresa” afirmam os parlamentares. Face a esta perspectiva, os representantes dos trabalhadores expressaram “a sua oposição a este processo, apresentando – para o caso eventual de não existir nenhuma alternativa a esta situação – uma proposta concreta, que tinha a ver com a aplicação de forma parcial, distribuída no tempo entre as unidades fabris com a respectiva paragem (procurando assim no limite evitar que se abatesse, durante tanto tempo, sobre todos estes 42 trabalhadores, esta situação de lay off)”.
Os deputados sublinham que, esta situação de lay off, que “vai causar graves problemas aos trabalhadores e suas famílias durante vários meses, acontece numa empresa que conta com o IAPMEI e o Grupo Espírito Santo como accionistas (através da PME Invest e ES Venture respetivamente), podendo-se assim questionar se existe de facto a necessidade desta recorrer ao lay off ou se, por outro lado, os trabalhadores não poderiam ser poupados a mais este ataque aos seus salários”, conclui o documento enviado ao ADN.


Paulo Jorge Oliveira 

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