Nove pessoas precipitaram-se
literalmente no andar de baixo
Estavam
todos reunidos para uma noite que deveria ser de comemoração de um aniversário
num prédio da Arrentela, no concelho do Seixal. Mas às 22h33 o chão do prédio fugiu-lhes
debaixo dos pés. O
chão abateu e nove pessoas precipitaram-se literalmente no andar de baixo, onde
uma mãe e a sua filha, de oito anos, dormiam no quarto. Estas, contudo, saíram
ilesas, uma vez que os escombros do piso de cima apenas caíram sobre a zona da
sala e da cozinha. Uma mulher grávida está entre
as nove pessoas feridas. Dois em estado grave.
Nove pessoas ficaram feridas ontem à noite em queda de soalho |
O chão abateu durante uma festa de aniversário, que reunia
11 pessoas. Nove delas precipitaram-se literalmente no andar de baixo, onde uma
mãe e a sua filha, de oito anos, dormiam no quarto. Estas, contudo, saíram
ilesas, uma vez que os escombros do piso de cima apenas caíram sobre a zona da
sala e da cozinha.
"Isto
foi um pesadelo. Mas o importante é eu e a minha filhinha estarmos bem. Já
estava a dormir e agora não podemos entrar em casa", afirma a proprietária
do segundo andar citada na edição online do Correio da Manhã.
"Mas
foi, acima de tudo, uma grande sorte. É que a minha filha dorme muitas vezes na
sala", acrescentou a mulher. Só caíram no piso de baixo as oito pessoas
que estavam na sala. Os restantes três convidados encontravam-se noutra divisão
da casa.
O susto foi enorme para todos. "Quando ouvi o
estrondo, fui ver o que se passava. Olhei e vi um grande buraco na sala. Cá em
baixo, ouviam-se muitos gemidos, de pessoas que ficaram feridas. Estavam todos
arranhados e com muito sangue", contou uma testemunha que não caiu no
buraco que se abriu no chão.
19 pessoas
realojadas
No local estiveram 21 elementos dos Bombeiros Voluntários
do Seixal e de Cacilhas, equipas de emergência médica, uma viatura de
emergência médica e elementos da Proteção Civil Municipal.
Segundo o vereador da Câmara do Seixal, Joaquim Santos,
sete feridos foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. O
vereador disse não ter confirmação de que houvesse pessoas no segundo andar,
mas referiu que os sete feridos hospitalizados estavam todos na sala do
terceiro andar, numa festa de aniversário.
O autarca afirmou que os moradores foram todos retirados do
prédio e as autoridades estavam a cortar a eletricidade e o gás do edifício,
para depois os bombeiros procederem à avaliação das suas condições de
segurança.
Ficaram desalojadas 19 pessoas, nove das quais vão para
casa de familiares, enquanto as restantes dez vão ser realojadas pela Câmara
Municipal, adiantou.
O prédio onde ocorreu o desabamento tem oito apartamentos,
todos habitados. O edifício tem cerca de 40 anos.
Paulo Jorge Oliveira
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