Presidente
“deu o dito pelo não dito”
Para
a Federação de Setúbal do PS, a presidente da câmara de Setúbal ao dar “o dito
por não dito” vai “desproteger os trabalhadores”. Em causa está a decisão de
exigir a devolução dos aumentos salariais aos 400 trabalhadores da autarquia
sadina.
Vitor Ramalho quer responsabilizar autarca de Setúbal |
O Secretariado da
Federação do PS critica a posição da presidente da câmara, Maria das Dores
Meira, sobre a devolução dos aumentos salariais de 400 trabalhadores, num valor
aproximado de um milhão de euros. “Ao dar, de imediato, o dito por não dito,
vulnerabiliza a opção que havia feito como por arrasto, desprotege a posição
futura dos trabalhadores que justamente procuram defender-se, como terceiros
benefícios de um despacho de que foram objecto” refere em comunicado Vítor
Ramalho, presidente da Federação do PS.
Para o líder socialista do distrito, “a autarca do
município sadino tinha o dever de estar solidariamente ao lado dos
trabalhadores, não por palavras vãs mas por actos”. Mais, “deveria ter sido
solidária com os seus pares e defender até ao fim a interpretação legal que fez
aquando da decisão”. Na sua opinião “essa solidariedade implicava uma tomada de
posição comum eventualmente em articulação com a Associação Nacional dos
Municípios Portugueses e junto da Procuradoria-Geral da Republica, esgotando
até ao limite os mecanismos da legalidade, incluindo, como se disse, dos
Tribunais”.
Vítor Ramalho considera que é “inquestionável que a posição
desta autarca ao agir como agiu, reconhecendo a validade do parecer da IGAL, a
pretexto de se eximir às responsabilidades próprias, lava as mãos como Pilatos
e chora agora lágrimas de crocodilo perante os trabalhadores, como o reconheceu
em comunicado público o STAL – e bem – em situações idênticas tomadas por pelo
menos dois presidentes de autarquias, uma do norte e outra do centro e que
condenou por isso mesmo”.
A Federação Distrital
de Setúbal do PS quer que os trabalhadores a quem a câmara exigiu que devolvam
as verbas recebidas “a cerrarem também fileiras com as demais câmaras que não
aceitaram o parecer da IGAL como vinculativo, que não é, reclamando da sua
própria autarquia a adopção de uma postura corajosa, coerente e responsável, em
defesa clara dos trabalhadores sem subterfúgios, estes politica e eticamente
inaceitáveis”.
Agência de Notícias
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