Pena Solta por Lia Santos
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Um lindo dia...
Desculpa
eu nunca te disse tudo o que queria ter dito mas nunca é tarde para te abraçar,
de muito longe ou perto o teu sorriso está presente...nunca imaginei viver sem
o teu sorriso mesmo sentindo e sabendo que não me ouves...mas... isto me mantém
viva, viva para a vida, porque existe e permanece...porque eu sei que me estás
a iluminar do paraíso da noite quando adormeces e recordas aqueles
tempos...tempos que permanecem ca dentro...de mim e ti...como muitos amigos que
perdemos pelo caminho, mas...sei que eventualmente estaremos juntos...num lindo
dia...
Eu
nunca te mostrei mesmo achando que sempre estaria aqui como estou. mas eu
sempre me importei, pensei, estive e permaneci...e sinto falta do amor que
compartilhamos embora o sol nunca brilhará da mesma forma...mas...sempre verei
um dia mais brilhante e diferente. Desculpa eu nunca te disse tudo o que queria
ter dito...costumava existir uma torre acinzentada sozinha no mar que se tornou
a luz no meu lado obscuro. O amor continua sendo a droga que dá uma onda, sem
uso de pílulas, que quando neva, meus olhos se tornam maiores, e a luz que tu
emites pode ser vista? eu comparo-te ao beijo de uma rosa no cinzento...mais
estranha é a sensação de conseguir fazer desaparecer os espinhos sem me
magoar...uma luz atinge a escuridão do cinzento. Existe tanta coisa que um
homem pode contar para mim, tanto que ele pode dizer mas pouco fazer como tu...
meu poder, meu prazer, minha dor, para mim tu és como um vício crescente que eu
não posso negar ou esquecer mais...uma luz atinge a escuridão e nesse instante
eu fui beijada por uma rosa no cinzento... e se eu cair, tudo isso desaparecerá?
Eu
não deveria ter ido embora... eu teria ficado se tu tivesses falado... nós
poderíamos ter feito tudo ficar bem... mas nós apenas jogamos a culpa para
frente e para trás, tratamos o amor como um desporto e num último golpe bateu tudo tão baixo que...eu ainda estou no chão, eu não poderia
ter me preparado para esta queda... Destruída em pedaços, curvada na escuridão...o amor natural conquista tudo...lembra-me que
costumávamos tocar o céu e...sei que o raio não atinge o mesmo lugar duas
vezes...quando tu e eu dissemos adeus...eu senti os anjos chorarem. Amor
verdadeiro é um presente, mas deixamos ser levados na tempestade...onde um simples adeus devia
ter sido um até já ou até um dia...porque não me fui embora, apenas retomei a
vida...o meu caminho que por mais que me tente desviar é partilhado com o
teu... toda noite, todo o dia...todo o sempre...estou no limite, apenas
tentando sobreviver, omnipresente ilimitadamente...iria para cima e
desapareceria num remoinho.
Aqui
estou, caminhando nesta corda estreita,
balançando... mas não vou abandonar... esperando por um vislumbre do
brilho do Sol...eu sei que aguento, apenas me levante novamente, como se não
houvesse nenhum furacão me tentanto sugar...estou disposta a viver ou morrer
por nosso amor já que não há forma de esquecer...pois o raio não atinge o mesmo
lugar duas vezes...mas também ainda esta por descobrir forma de tapar a marca
que ele deixa quando cai. Depois de tanto ter caído e sem nada poder fazer abro
uma excepção por ti para me voltar a arrepender...mas penso...agora sim...eu já
tinha tão pouco para dar e tu levaste o que restou de mim mas vais lembrar-te
da verdade mais pura...
És
mais que uma recordação mais que um reflexo num espelho que eu não vi...tentei
partir o espelho para de vez me esquecer de ti...mas ele continua caído no chão
com o teu reflexo. O mesmo sei que posso colar com a permanente imagem que esta
em mim...este futuro...que por mais que me tente desviar não deixa de ser o
mesmo...e onde um simples adeus devia ter sido um até já ou até um dia...e
neste futuro...ainda não me fui embora, eu...permaneço.
Lia Santos
Lia Santos
Lisboa
(Lia Santos escreve todas as quartas-feiras a rubrica Pena
Solta, pensamentos da alma)
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