Uma Luz na Austeridade por Ana Esperança
No entanto, tem sido cada vez mais comum este regresso. Quer por jovens desempregados, herdeiros de campos há muito em pousio, que procuram deste modo contrariar o sentido da vida neste país. Quer mesmo por famílias que, mesmo tendo emprego, procuram desta forma rentabilizar os campos e obter alimentos que de outro modo não poderiam comprar.
Dia após dia, têm vindo a ser notícia inúmeros casos do que refiro, jovens licenciados que ficaram desempregados e usam as suas habilitações para tentar lançar-se no mercado agrícola, tentando primar pela inovação (como é o caso das novas produções de kiwi) e ainda jovens para quem a agricultura é como que “um plano B” para combater esta austeridade e as fortes previsões de desemprego.
Mas, e como tem sido defesa desta rubrica, importa salientar não só este “desenrascanço tuga” mas também todas as boas noticias que daí advêm.
Há cerca de um mês, o Ministério da Agricultura fez saber que no mês de Abril, que agora começa, será lançado um concurso, preferencialmente para os trabalhadores mais jovens do sector, de utilização pública de terras. Na prática, do que se trata? Irá ser permitida a utilização de três mil hectares de terrenos dos Ministérios e, além dos jovens agricultores, dá também prioridade a quem tenha propriedades contíguas.
Mas não fica por aqui, esta "bolsa de terras" permite ainda que particulares que não trabalhem as suas terras as ponham à disposição numa "plataforma informativa" de forma a beneficiarem de um "desagravamento fiscal" do IMI rural. Boas noticias não só para quem quer cultivar como também para quem não quer ou não pode!
Esta iniciativa do Governo surge quando se torna cada vez mais indispensável estimular a reabilitação de terras abandonadas, sobretudo pelas pessoas mais jovens, uma vez que a agricultura pode e deve ser um sector estratégico para o futuro do crescimento económico do País.
Ainda neste sentido, e como todos os bons exemplos são para partilhar, importa referir o caso da Construtora portuguesa DST. Esta empresa está a desenvolver uma iniciativa que pretende ajudar os seus colaboradores a equilibrar os orçamentos familiares. Para tal, decidiu disponibilizar um terreno do seu complexo industrial para que os trabalhadores cultivem produtos hortícolas de base biológica que lhes dêem maior qualidade de vida.
O projecto "Hortas Sociais" conta já com cerca de 50 colaboradores aderentes que, desta forma, podem produzir os seus próprios géneros alimentares e aliviar os encargos económicos dos respectivos agregados. A DST disponibiliza um terreno fértil, água para rega, utensílios apropriados à prática agrícola e garante, a cada equipa inscrita, formação em agricultura biológica.
Podemos então dizer que, juntando o útil ao agradável, além da produção de produtos biológicos, os trabalhadores poderão contribuir para as poupanças domésticas, beneficiar de uma actividade física ao ar livre, compensar o stress do dia-a-dia e ainda fortalecer o espírito de equipa.
Agricultura social: No âmbito ainda de “produzir para sobreviver”, frase minha, a conceituada e reconhecida empresa portuguesa de azeite (Gallo), criou um projecto inovador de apoio á instituição de solidariedade social Centro de Recuperação e Integração de Abrantes.
Este projecto, de responsabilidade social, pretende ajudar a instituição de cariz social de Abrantes, a curto, médio e longo prazo, e consiste numa plantação de oliveiras num terreno da instituição. Para tal seis dezenas de colaboradores da empresa Gallo Worldwide começaram já a plantar 1500 oliveiras e a empresa compromete-se a comprar todos os anos as azeitonas produzidas neste olival e que se prevê possam gerar receitas na ordem dos 25 mil euros por época.
No total será plantado um olival de cerca de 2,5 hectares na zona de Abrantes, onde se situa a unidade fabril da Gallo, ficando a empresa de produção de azeite responsável pela sua plantação e manutenção. O objectivo da iniciativa passa por “retribuir algo” à comunidade onde a empresa iniciou a actividade comercial e produtiva há mais de 150 anos, a ideia é contribuir não com uma simples operação financeira mas com uma ajuda de sustentabilidade a longo prazo.
Desenrascanço tuga
A necessidade aguça o engenho, já diz o
nosso povo. Pois bem, e porque o nosso lema é mostrar que todas as coisas más
têm o seu lado bom, importa partilhar que esta crise tem vindo a provocar uma
volta aos campos. Há muito que, quer por falta de rendimentos suficientes do
trabalho, quer por “incentivo” do Governo, o povo português tem vindo a largar
a agricultura e a abandonar os campos.
Dia após dia, têm vindo a ser notícia inúmeros casos do que refiro, jovens licenciados que ficaram desempregados e usam as suas habilitações para tentar lançar-se no mercado agrícola, tentando primar pela inovação (como é o caso das novas produções de kiwi) e ainda jovens para quem a agricultura é como que “um plano B” para combater esta austeridade e as fortes previsões de desemprego.
Mas, e como tem sido defesa desta rubrica, importa salientar não só este “desenrascanço tuga” mas também todas as boas noticias que daí advêm.
Há cerca de um mês, o Ministério da Agricultura fez saber que no mês de Abril, que agora começa, será lançado um concurso, preferencialmente para os trabalhadores mais jovens do sector, de utilização pública de terras. Na prática, do que se trata? Irá ser permitida a utilização de três mil hectares de terrenos dos Ministérios e, além dos jovens agricultores, dá também prioridade a quem tenha propriedades contíguas.
Mas não fica por aqui, esta "bolsa de terras" permite ainda que particulares que não trabalhem as suas terras as ponham à disposição numa "plataforma informativa" de forma a beneficiarem de um "desagravamento fiscal" do IMI rural. Boas noticias não só para quem quer cultivar como também para quem não quer ou não pode!
Esta iniciativa do Governo surge quando se torna cada vez mais indispensável estimular a reabilitação de terras abandonadas, sobretudo pelas pessoas mais jovens, uma vez que a agricultura pode e deve ser um sector estratégico para o futuro do crescimento económico do País.
Ainda neste sentido, e como todos os bons exemplos são para partilhar, importa referir o caso da Construtora portuguesa DST. Esta empresa está a desenvolver uma iniciativa que pretende ajudar os seus colaboradores a equilibrar os orçamentos familiares. Para tal, decidiu disponibilizar um terreno do seu complexo industrial para que os trabalhadores cultivem produtos hortícolas de base biológica que lhes dêem maior qualidade de vida.
O projecto "Hortas Sociais" conta já com cerca de 50 colaboradores aderentes que, desta forma, podem produzir os seus próprios géneros alimentares e aliviar os encargos económicos dos respectivos agregados. A DST disponibiliza um terreno fértil, água para rega, utensílios apropriados à prática agrícola e garante, a cada equipa inscrita, formação em agricultura biológica.
Podemos então dizer que, juntando o útil ao agradável, além da produção de produtos biológicos, os trabalhadores poderão contribuir para as poupanças domésticas, beneficiar de uma actividade física ao ar livre, compensar o stress do dia-a-dia e ainda fortalecer o espírito de equipa.
Agricultura social: No âmbito ainda de “produzir para sobreviver”, frase minha, a conceituada e reconhecida empresa portuguesa de azeite (Gallo), criou um projecto inovador de apoio á instituição de solidariedade social Centro de Recuperação e Integração de Abrantes.
Este projecto, de responsabilidade social, pretende ajudar a instituição de cariz social de Abrantes, a curto, médio e longo prazo, e consiste numa plantação de oliveiras num terreno da instituição. Para tal seis dezenas de colaboradores da empresa Gallo Worldwide começaram já a plantar 1500 oliveiras e a empresa compromete-se a comprar todos os anos as azeitonas produzidas neste olival e que se prevê possam gerar receitas na ordem dos 25 mil euros por época.
No total será plantado um olival de cerca de 2,5 hectares na zona de Abrantes, onde se situa a unidade fabril da Gallo, ficando a empresa de produção de azeite responsável pela sua plantação e manutenção. O objectivo da iniciativa passa por “retribuir algo” à comunidade onde a empresa iniciou a actividade comercial e produtiva há mais de 150 anos, a ideia é contribuir não com uma simples operação financeira mas com uma ajuda de sustentabilidade a longo prazo.
Nota doce, docinha: Na próxima 3ª feira, uma conceituada marca de gelados vai distribuir gratuitamente no Largo de Camões, em Lisboa, gelados a quem passar por lá. Quem quiser adoçar o seu dia pode passar entre as 12h e as 19h ou em alternativa aguardar a passagem dos carros ecológicos pelas ruas do Cais do Sodré, Bairro Alto e Chiado. Hummmm….
De boca adoçada, só de imaginação ainda, resta-me desejar a todos os leitores boa semana e boas notícias!
De boca adoçada, só de imaginação ainda, resta-me desejar a todos os leitores boa semana e boas notícias!
Ana Esperança
Pinhal Novo
Nos dias que correm as palavras de ordem são austeridade, crise e contenção…
Pois bem, caros leitores, é minha intenção nestas breves linhas dar-vos conta das boas notícias de que os canais de televisão não falam e as páginas do jornal apenas mencionam em letras tão pequenas que nem damos por elas. Chamemos-lhe “uma luz na austeridade”.
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