Comunicado para
explicar uma “notícia mentirosa”
Uma
notícia, publicada no jornal Correio da Manhã, na semana passada, deixou a
presidente da Câmara de Setúbal muito irritada com o jornal e com as fontes do mesmo [Maria das
Dores Meira refere-se à oposição]. Numa declaração política na última reunião
pública, Maria das Dores Meira diz que a Câmara de Setúbal “está a ser alvo de
uma das mais brutais campanhas de difamação de que há memória” e revelou que a
notícia do jornal é “falsa”.
Câmara de Setúbal desmente noticia do Correio da Manhã |
Em causa, diz ainda o diário, está a venda de um lote de
terreno para construção urbana que, apesar de nunca ter sido pago à autarquia,
legalmente pertence à Setúbal Polis, Sociedade para o Desenvolvimento do
Programa Polis em Setúbal, que entretanto se encontra em processo de extinção.
Este pagamento, ainda de acordo com o jornal, foi assumido à data da escritura
pelo vereador Eusébio Manuel Candeias, em representação da autarquia, que é
liderada por Maria das Dores Meira, e por António Fonseca Ferreira, enquanto
presidente do conselho de administração da Setúbal Polis.
A concluir a notícia, escreve o jornal baseado em fontes,
que o gabinete da presidência da Câmara de Setúbal "está em curso um
processo de partilha do passivo e do activo da sociedade que prevê que este
lote seja de novo entregue à câmara municipal, que assumirá, assim, a sua
propriedade plena".
Maria das Dores Meira
nega notícia
A presidente da autarquia, no entanto, desmontou toda a
notícia e deixou bem claro que “esta notícia é absolutamente
falsa. É mentira”. Garantindo que aquele é um assunto que irá ser tratado
“noutros fóruns, porque a difamação e a mentira não podem passar em claro”.
Maria das Dores Meira, “volta a mentir num assunto que diz respeito a esta
Câmara Municipal”, ao dizer que a autarquia perdeu um lote de terreno e 150 mil
euros, garantindo que o referido lote “continua registado na conservatória do
registo predial em nome desta autarquia”-
E disse mais. “Os autores desta
campanha escolheram como instrumento de divulgação das suas difamações e meias
verdades” e lamenta que os jornalistas daquele jornal “se deixem enganar e
manipular pelas suas fontes”. Maria das Dores Meira disse que “aqueles que, nas
urnas, não conseguem vencer, porque não têm capacidade, não têm ideias, não têm
projeto, querem, por via da calúnia, da meia verdade, das visões deturpadas dos
factos ganhar o que nunca os cidadãos setubalenses lhes darão” e que “melhor
seria que estivessem calados. Melhor seria que, se não ficarem calados, pelo
menos falassem verdade”.
O lote em causa
Sobre o processo do lote nove da rua
Trabalhadores do Mar [o lote em causa na notícia], a presidente disse que o
mesmo “é complexo mas, na verdade, permitiu satisfazer de forma acentuada o
interesse público” e que a câmara tem “todo o gosto em facultar a todos os jornalistas
a consulta dos documentos relativos a esta situação”, garantindo que “não temos
nada a esconder nem ficaremos calados perante difamações e mentiras absurdas” e
sublinhando que todo o processo é “absolutamente transparente e titulado por
documentos públicos”.
O lote em questão, na rua dos
Trabalhadores do Mar, situa-se entre a rua da Saúde e a avenida Jaime Rebelo e
onde em tempos existiu um degradado edifício, entretanto derrubado pela
autarquia, de forma a permitir a ligação entre aquelas duas artérias.
Paulo Jorge Oliveira
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