Trabalhadores
quem aumentos de 3,7 por cento
Os
trabalhadores da Portucel de Setúbal paralisou domingo e terça-feira e
concentrar-se a 10 de abril, dia da Assembleia-Geral de accionistas,
contestando a denúncia do Acordo de Empresa (AE) e exigindo aumentos salariais.
A administração da empresa dá 0,6 por cento de aumento e os trabalhadores
exigem 3,7 por cento. Por sua vez, a empresa, em comunicado, que estão “já acordadas
(...) as principais cláusulas de expressão pecuniária” com dois sindicatos
afectos à UGT, mas diz que “não foi possível fazer avanços significativos” com
o sindicato da CGTP.
Trabalhadores pararam fábrica durante dois dias |
Os trabalhadores fizeram uma primeira greve, entre
as 00:00 e as 24:00 de 01 de Abril e ontem voltaram a parar das 8 às 24 horas do
dia 03 de Abril, suspendendo a paralisação a partir das 00:00 do dia 04 e até
às 00:00 do dia 12, altura em que será realizado novo plenário para analisar a
situação.
Américo Flor, do Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), disse à Lusa que um dos objetivos é alargar a aplicação do AE da Portucel às restantes empresas do grupo (ATF, Headbox, Arboser e EMA21) para" acabar com a discriminação" entre trabalhadores e exigir que seja retirada a proposta de denúncia do AE.
"Isso é o princípio do fim do AE", sublinhou o sindicalista, acrescentando que os trabalhadores querem também que sejam retiradas as propostas relativas ao banco de horas e adaptabilidade.
"A Portucel sempre funcionou, e bem, com as regras que existiam. Agora querem é acabar com o pagamento das horas suplementares e pôr as pessoas a trabalhar à borla", criticou Américo Flor.
Na moção aprovada a 29 de março, os trabalhadores lembram ainda que os salários diminuíram mais de 3,7 por cento com o agravamento da inflação em 2011, reivindicando um aumento no mesmo valor, face aos 0,6 por cento propostos pela administração.
Para o dia 10 de abril, "dia em que os accionistas dividem o bolo da riqueza que os trabalhadores produziram", ou seja, a data em que a Portucel realiza a sua assembleia-geral anual, está agendada uma concentração frente ao hotel Altis, em Lisboa.
Américo Flor, do Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), disse à Lusa que um dos objetivos é alargar a aplicação do AE da Portucel às restantes empresas do grupo (ATF, Headbox, Arboser e EMA21) para" acabar com a discriminação" entre trabalhadores e exigir que seja retirada a proposta de denúncia do AE.
"Isso é o princípio do fim do AE", sublinhou o sindicalista, acrescentando que os trabalhadores querem também que sejam retiradas as propostas relativas ao banco de horas e adaptabilidade.
"A Portucel sempre funcionou, e bem, com as regras que existiam. Agora querem é acabar com o pagamento das horas suplementares e pôr as pessoas a trabalhar à borla", criticou Américo Flor.
Na moção aprovada a 29 de março, os trabalhadores lembram ainda que os salários diminuíram mais de 3,7 por cento com o agravamento da inflação em 2011, reivindicando um aumento no mesmo valor, face aos 0,6 por cento propostos pela administração.
Para o dia 10 de abril, "dia em que os accionistas dividem o bolo da riqueza que os trabalhadores produziram", ou seja, a data em que a Portucel realiza a sua assembleia-geral anual, está agendada uma concentração frente ao hotel Altis, em Lisboa.
Administração garante que trabalhadores têm vencimento acima da média
Trabalhadores ligados à CGTP ainda não chegaram a acordo com empresa |
Perante
as greves de domingo e terça-feira, a Portucel informou ontem, em comunicado,
que estão “já acordadas (...) as principais cláusulas de expressão pecuniária”
com dois sindicatos afectos à UGT, mas diz que “não foi possível fazer avanços
significativos” com o sindicato da CGTP.
“Encontram-se já acordadas, com os
sindicatos FETESE [Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Escritório e
Serviços] e SINDETELCO [Sindicato Democrático dos Trabalhadores das
Comunicações e dos Media], afectos à UGT, as principais cláusulas de expressão
pecuniária, nomeadamente, diuturnidades, subsídios de turno, de prevenção e de
alimentação e regalias sociais como o complemento de reforma, encontrando-se
ainda a decorrer a negociação sobre outras matérias”, lê-se na nota da
Portucel.
No entanto, acrescenta a empresa, “com a Fequimetal [Federação
Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica,
Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas], organização sindical
afecta à CGTP, não foi possível fazer avanços significativos, uma vez que,
desde o início das negociações, este sindicato não tem mostrado disponibilidade
para uma discussão construtiva sobre o conteúdo da proposta de revisão do AE”.
Face a este cenário, a empresa diz que vai dar continuidade às negociações
com os restantes sindicatos, com os quais “o diálogo tem decorrido de forma
positiva» com o objectivo de encontrar «soluções equilibradas para os
colaboradores e para a empresa”.
Uma das reivindicações dos trabalhadores prende-se com a actualização dos
salários. E nesta matéria, a empresa afirma que pratica “uma política
remuneratória avançada, com vencimentos muito superiores aos de empresas
comparáveis em Portugal, incluindo um prémio de desempenho com um valor que não
tem paralelo” no país.
De acordo com a Portucel, “este prémio de desempenho representou, na média
dos últimos três anos, 2,5 remunerações mensais/ano, sendo que o prémio
relativo a 2011 ascende em média a 2,8 remunerações mensais”.
Paulo
Jorge Oliveira
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