O amante imperfeito
Na última sexta-feira de março tiveram mais um encontro “às escondidas” numa casa da Amadora. Ele, 47 anos, e ela de 36 anos, eram amantes escondidos. Mas ela queria deixar de ser. Fizeram sexo durante a tarde e, depois disso, veio uma discussão enciumada. Ele, não se sabe porquê, esmaga-lhe a cabeça com uma pedra e golpes na garganta com restos de um copo. Ela, morre. Ele, desesperado, mete o corpo num carro e anda mais de 200 km para o abandonar numa ribeira de Casa Branca, em Sousel, distrito de Portalegre. Foi preso ontem… e confessou tudo à Judiciária.
Mulher foi encontrada nesta ribeira, em Casa Branca, Sousel |
Terá sido por pressão da amante ou por ciúmes doentios, a verdade é que o homem ficou descontrolado e, ainda hoje, não consegue explicar à Judiciária porque lhe esmagou a cabeça, à pedrada, no final de uma tarde de sexo.
Foram meses debaixo de pressão, pelos ciúmes da vítima. E tudo acabou numa casa da Amadora, a 30 de Março, onde ela morreu às mãos do amante.
Sem experiência no crime, o alegado assassino fez tudo para o tornar perfeito, tal como nas séries de investigação criminais que passam no AXN. Abandonou o corpo, sem identificação, a mais de 200 km, numa ribeira no Alentejo.
A Polícia Judiciária de Lisboa fez a investigação à vida da vítima [empregada doméstica, que deixa órfã uma filha de outra relação] para chegarem ao amante que… já tinha vivido maritalmente com a vítima, apesar de ele ter, actualmente, outra mulher em Avis, no Alentejo, o que a amante não gostava apesar de continuarem a ser amantes às escondidas.
Os rastos do assassínio
O corpo da mulher fora encontrado logo no dia a seguir ao crime, sem qualquer identificação, junto à ribeira de Almadafe, em Casa Branca, Sousel. Mas rapidamente foi associado à participação por desaparecimento da mulher na PSP da Amadora. Logo ai, o amante passou, desde logo, a suspeito, quer pelos motivos quer pela oportunidade.
Preso, acabou por confessar. Discutiu com a vítima depois de uma tarde de sexo e atingiu-a mortalmente com objectos contundentes, leia-se, à pedrada na cabeça.
Colocou o corpo da vítima no carro e percorreu os mais de 200 km da Amadora a Sousel, desfazendo-se aí do cadáver, na esperança de que a polícia não fizesse qualquer ligação entre a vítima e ele próprio.
Um pastor que passava junto à ribeira encontrou o corpo, a PJ foi accionada e o homicida acabou preso em menos de três semanas.
Segundo o que escreve a edição do Jornal de Notícias, o crime poderá ter acontecido porque o homem assinara documentos em que se comprometia a pagar uma dívida que tinha com a amante e o caso poderá estar associado ao homicídio.
Agência de Notícias
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