Jovem que matou distribuidor de pão condenado a 18 anos


Crime aconteceu há seis anos num café de Fernão Ferro

Um dos dois arguidos acusados da autoria material do homicídio e roubo agravado de um distribuidor de pão em Fernão Ferro, Seixal, foi condenado a 18 anos de prisão, informa a procuradora-geral distrital de Lisboa (PGDL). O crime ocorreu em 2006 num café quando dois homens atacaram o distribuidor e o mataram-no com um tiro em frente de uma criança. Paulo, assim se chama o assassino, foi apanhado em França pela Interpol e entregues às autoridades portuguesas e agora condenado. O segundo elemento do crime continua a monte. 


Homem foi morto com tiro no peito dentro de um café 

De acordo com a página da PGDL na internet, trata-se de um homem chamado Paulo, que foi detido e julgado, no Tribunal do Seixal, depois de ter sido capturado em França no âmbito de um mandado de detenção europeu.
O tribunal deu como provado os crimes de homicídio qualificado e dois de roubo agravado, um dos quais perpetrado sobre a vítima que matou.
Um outro homem que tinha sido constituído arguido ainda não foi julgado por se encontrar a monte.
Os factos remontam a Maio de 2006, quando um distribuidor de pão, de 52 anos foi vítima de homicídio em Fernão Ferro, Seixal. A tragédia aconteceu na manhã de 4 de maio, num café de Marco do Grilo.

Assassinato a sangue frio

Tudo aconteceu pouco antes das oito horas. A proprietária do snack-bar minimercado, situado na Rua Bento Gonçalves, em Marco do Grilo, preparava-se para abrir as portas e já tinha dado conta da presença de dois jovens nas imediações. Estes passaram de carro, olharam para o estabelecimento, mas não pararam.
A proprietária voltou a ver os dois jovens minutos mais tarde, mas já no interior do seu snack-bar, quando acertava com o distribuidor de pão a encomenda para o dia. "Eles entraram a fazer de conta que queriam tomar o pequeno-almoço, ainda fizeram um pedido, mas era tudo conversa", contou na altura uma testemunha.
O dia, que tinha começado de forma pacata, agitou-se repentinamente quando um dos jovens avançou sobre o distribuidor de pão, arrastando-o para a rua. "Não sei qual foi a ideia deles, se foi por terem visto o fio de ouro do fornecedor, se foi para roubar o dinheiro que trazia no bolso", acrescentou a mesma testemunha.
Apanhada de surpresa, a vítima quase não teve tempo para reagir. Um dos jovens tirou-lhe o dinheiro do bolso, encostou-lhe uma arma de fogo ao peito e disparou. O distribuidor caiu morto no chão. Uma criança, menor de idade e filha da proprietária do snack-bar, assistiu a tudo.
"Foi um crime horrível, gratuito", comentaram alguns populares à porta do snack-bar. Para eles, os jovens mataram a vítima porque estavam de olho na carrinha. "Não era necessária tanta violência. A carrinha estava a trabalhar com as chaves na ignição. Bastava terem entrado e fugido", disseram na altura as testemunhas do crime.
Quase seis anos depois, um dos jovens foi apanhado em França e condenado a 18 anos de prisão. O outro autor do crime continua fugido à justiça.

Agência de Notícias  

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