Montijo é hipótese de pista complementar à Portela


Passos Coelho garante que hipótese está em estudo

A base aérea n.º 6 do Montijo é uma das hipóteses que estão a ser estudadas para funcionar como "pista de apoio" ao aeroporto da Portela, como alternativa à construção do novo aeroporto, cujo processo foi suspenso, admitiu ontem, o primeiro-ministro em visita ao Montijo. A cidade ainda é a mais desejada para a construção do aeroporto low-cost

Primeiro-ministro esteve ontem na Base Área do Montijo 

Trata-se, para já, apenas de uma possibilidade. Nada mais que isso fez questão de sublinhar o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. A prioridade, desde logo, passa por evitar pelo menos “na próxima década” a construção de um novo aeroporto. 
Ainda assim, perante os estudos que estão a ser feitos Pedro Passos Coelho admite que a Base Aérea do Montijo é uma das hipóteses para funcionar como “pista de apoio” à Portela.
“Não vou anunciar aqui nenhuma decisão nessa matéria, mas evidentemente que, dadas as circunstâncias em que vivemos no nosso País, o governo já teve ocasião de dizer que está a estudar uma alternativa que permita fazer o funcionamento do aeroporto da Portela durante um maior número de anos, o que necessitará sempre de uma pista de apoio e, nesse sentido, a Base Aérea do Montijo é uma das possibilidades que não deixará de ser estudada”, afirmou o primeiro-ministro durante uma visita a esta mesma unidade da Força Aérea Portuguesa.
Sobre a escolha do Governo para aeroporto complementar ao da Portela, Pedro Passos Coelho foi moderado nas palavras, não querendo adiantar mais sobre o assunto.
“Não vou adiantar rigorosamente mais nada, sob pena de nos próximos dias o país inteiro desatar a fazer uma discussão imensa sobre o investimento que se teria de fazer numa decisão que não está tomada”, sublinhou o primeiro-ministro.
Evitar a construção de um novo aeroporto é ponto assente relativamente a esta discussão. “Para não alimentar qualquer especulação direi apenas que sim, que estamos a equacionar todos os cenários que nos permitam utilizar o aeroporto da Portela durante um maior número de anos, de modo a evitar que o país tenha de despender uma soma demasiado avultada para um novo aeroporto, que esperemos não venha a ser necessário sobretudo na próxima década”, finalizou Pedro Passos Coelho.

Montijo, o preferido também para o aeroporto low-cost

Montijo é também um dos locais em estudo para colocar o futuro aeroporto low-cost. Após ter anunciado que, afinal, Portugal não terá novo aeroporto, o Governo de Passos Coelho estuda ainda alternativas complementares ao atual Aeroporto de Lisboa, onde serão instaladas as bases das companhias aéreas de baixo custo. Alverca, Montijo, Sintra, Monte Real e Beja são as infraestruturas que, segundo Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, estão a ser analisadas.
A escolha, para ele, terá maiores probabilidades passa pelo Montijo ou Sintra. Mas segundo o estudo Portela +1, encomendado pela Associação Comercial do Porto (ACP) à Universidade Católica, em 2007, a base militar do Montijo é a melhor solução: "Apresenta área suficiente para a implantação de um aeroporto e construção de novas pistas, permitindo desta forma a operação simultânea deste aeródromo com o da Portela". A analisar as diferentes alternativas está um grupo de trabalho composto por membros da Força Aérea, da ANA, da NAV e do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), que "será depois alargado aos operadores e à Associação de Turismo de Lisboa", revelou o secretário de Estado, em fevereiro, ao ADN.

Paulo Jorge Oliveira 

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