Madalena Alves Pereira comenta ‘os Sindicatos de Voto’ no PS Setúbal


“Eduardo Cabrita prejudicou o PS”

Em comunicado, a candidatura ‘Ganhar o Futuro’ de Madalena Alves Pereira, à Federação Distrital de Setúbal do Partido Socialista, considera “um erro grosseiro” que a candidatura de Eduardo Cabrita tenha elegido como tema central da sua campanha “os militantes fantasma” no Partido Socialista.


Madalena Alves Pereira critica posição de Eduardo Cabrita 

Para Madalena Alves Pereira, “tal escolha não parece tratar-se de uma preocupação real”, justificando que “o exercício da política deve ser feito com a preocupação nuclear nos cidadãos e, naturalmente, na resolução dos seus problemas”. “Num momento que o país e o distrito de Setúbal em particular enfrentam um cenário de crise sem precedentes, com taxas de desemprego nunca vistas e empresas que encerram diariamente, escolher como tema central do debate político os eleitores fantasma dum partido (seja lá isso o que for), é algo incompreensível e que denota um afastamento do cidadão comum que não poderá deixar de ser penalizado, nas urnas, pelos militantes do PS”, opina a candidata.
No comunicado à imprensa, acrescenta que, “por outro lado, manda o bom senso que os problemas internos do PS ou de qualquer outra organização sejam, pela sua própria natureza, discutidos internamente”. “Os militantes do PS sabem que as recentes posturas da candidatura de Eduardo Cabrita prejudicam o PS no geral e em particular as estruturas concelhias de Alcácer do Sal, Alcochete, Grândola e agora também Santiago do Cacém que iniciam, neste momento, o difícil e decisivo percurso rumo às eleições autárquicas de 2013”, comenta.
Problemas não são de hoje
A Candidatura ‘Ganhar o Futuro’ argumenta ainda que “problemas com a inscrição maciça de militantes não são de hoje”. “Foram registados, denunciados e devidamente documentados à estrutura federativa há já, pelo menos, 9 anos por, entre outros, os dirigentes do Montijo e o então presidente da concelhia do Seixal, Fonseca Gil. Acontece que, à época, o silêncio sobre a matéria por parte dos dirigentes distritais foi ensurdecedor, incluindo, obviamente, o camarada ora candidato, então Presidente da Mesa da Comissão Política Distrital”, explica o documento.
“Esta súbita e inesperada preocupação será pois justificada, não tanto pelos eleitores fantasma, mas sim pelo fantasma da derrota que paira sobre a candidatura de Eduardo Cabrita”, acrescenta Madalena Alves Pereira.
Comentando a insinuação a si feita em relação a uma “grande tolerância relativamente a estas situações [inscrições em massa]”, a candidata aponta que “só se pode entender num quadro de profunda distração ou, então, de má fé eleitoral”. “O camarada Eduardo Cabrita sabe bem, e por isso tanto insiste e provoca, que não terá da parte da nossa camarada qualquer pronúncia pública sobre estas matérias porque mantém a postura que sempre teve enquanto militante, independentemente de ser ou não candidata: discute o Partido e os seus problemas nos órgãos próprios, como o fez, por exemplo, no último Congresso Distrital onde o tema das inscrições ditas irregulares também foi abordado”, justifica.
A nota à imprensa deixa ainda uma “nota final” da candidatura ‘Ganhar o Futuro’: “para o camarada Eduardo Cabrita a exigência que é feita ao nosso Secretário-geral de aplicar a regra dos novos Estatutos, que atribui capacidade eleitoral activa e passiva com um ano de militância, sobrepõe-se a qualquer irregularidade que exista na admissão dos militantes. Só não podem é votar agora, só agora, na eleição em que ele é candidato. Está tudo dito!”.

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