Terminal do Terreiro do Paço quer atrair Loja do Cidadão


 Atrair mais passageiros aos barcos...

O novo edifício do Terminal Fluvial do Terreiro do Paço irá acolher uma Loja do Cidadão, no âmbito do projeto definido para este espaço onde atracam os navios da Soflusa. Quem o confirma é o presidente do Conselho de Administração da Transtejo/Soflusa, João António Pintassilgo, que admite ser esta uma forma de “atrair pessoas para o transporte público”.
Grupo Transtejo quer loja do Cidadão na Estação do Terreiro de Paço 

João António Pintassilgo recorda que o novo edifício do Terminal Fluvial do Terreiro do Paço entrou em funcionamento em setembro de 2011, após uma 1ª fase de obras de remodelação. “As obras feitas surgiram na sequência das obras a cargo do Metropolitano de Lisboa a pedido do Estado, em que havia que se repor a situação de intermodalidade. Quando o projeto começou a ser elaborado, acompanhámos o esforço de fazer aquele tipo de obra, num edifício que agora vai ser classificado”, explica o responsável do Grupo Transtejo.

Soflusa quer rentabilizar espaço
Esse é, porém, um projeto que “ainda não está concluído”, uma vez que as obras foram interrompidas devido a “dificuldades financeiras”. No que toca à Transtejo, João António Pintassilgo afiança que o grupo fluvial “está a trabalhar para que, a curto prazo, se instale ali uma pequena Loja do Cidadão”.
“Há que ser imaginativo para otimizar todo aquele espaço [com uma área disponível de 3.500 metros quadrados], naturalmente, não me parece que a responsabilidade de exploração de todo aquele terminal tenha que caber exclusivamente à Transtejo para não se correr o risco de, mais uma vez, vir a sobrecarregar-se com custos fixos de infraestrutura ao transporte fluvial”, justifica João António Pintassilgo, perante os espaços comerciais existentes a concessionar.
Para o responsável, são investimentos como este que podem, aliás, “atrair pessoas para o transporte público”. Novas apostas de otimização estão já ser trabalhadas também para o terminal do Montijo (Cais do Seixalinho) - instalação de uma creche –, assim como para a Trafaria. “Vamos ter um investidor na área da restauração que aproveite bem a vista [da Trafaria], como forma de promover a atratividade”, revela o responsável.

Ligações do Montijo regressam ao Terreiro do Paço
Barcos do Montijo podem regressar ao Terreiro do Paço 

De acordo com o projeto de remodelação existente, para além de receber a carreira do Barreiro, o Terminal Fluvial do Terreiro do Paço deverá também passar a contar com a carreira do Montijo, ligação [Montijo – Terreiro do Paço] que, a 1 de outubro de 2006, foi temporariamente desviada para o terminal fluvial do Cais do Sodré, devido ao avanço das obras no Interface do Terreiro do Paço. Esta solução terá, no entanto, lugar somente quando se concluir “o acesso ao terceiro pontão” do terminal.
“Quando o terminal estiver todo concluído” pretendido é, de igual modo, “repor a carreira de Cacilhas, que ficará assim com duas direções [Cais do Sodré e Terreiro do Paço]”, perspetiva o presidente da Administração do Grupo Transtejo. Refira-se que a antiga ligação fluvial Cacilhas - Cais de Alfândega, foi suspensa em novembro de 2001 também devido ao desenvolvimento das obras no Terreiro do Paço, tendo a Transtejo passado a operar a ligação Cacilhas - Cais do Sodré a partir de 5 de dezembro desse ano.
Quanto aos navios do Seixal, o presidente do grupo fluvial não fala num ‘regresso’ ao terminal do Terreiro do Paço. Ainda assim, certo é que, a 3 de junho de 2005, também a ligação Seixal - Terreiro do Paço foi, pelos mesmos motivos, desviada temporariamente para o terminal fluvial do Cais do Sodré.
Refira-se que, segundo dados de 2011, o Terminal Fluvial do Terreiro do Paço regista um movimento médio diário de 37.800 passageiros. Destes, cerca de 22.200 são registados nas horas de ponta.

Agência de Notícias 

Comentários