Unidade de Oncologia do Barreiro vai continuar a funcionar


Directora garante continuação do serviço


Elisabete Gonçalves, directora clínica do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, admitiu ontem, à agência Lusa, a “necessidade urgente de recrutamento” de um oncologista. Contudo, garantiu que não existe qualquer indicação do encerramento da unidade da especialidade.


Serviço de Oncologia continua no Barreiro 

Apesar de um médico oncologista se ter transferido para outro hospital e um outro profissional acarretar, de momento, com 20 horas semanais de trabalho, a directora clínica revelou que a unidade de oncologia tem quatro especialistas e sete internos da especialidade e, portanto, o serviço não irá fechar.
Elisabete Gonçalves argumentou que "mesmo tendo em conta as obrigatórias medidas de optimização e máxima rentabilização, é considerada a necessidade urgente de recrutamento de especialista, com vista à contratação. O conselho de administração está, por isso, a desenvolver todos os esforços no sentido de encontrar médicos desta especialidade disponíveis para contratação".

Fecho nunca esteve em cima da mesa
Além disso, assegurou a directora que não tem conhecimento de "qualquer medida ou decisão da tutela" que preveja o encerramento da unidade de oncologia, no Barreiro, e que, apesar das "dificuldades e desta situação de carência de recursos médicos", o centro hospitalar nunca considerou tal hipótese.
De acordo com a directora clínica, "a saída e entrada de médicos é um processo dinâmico e de um momento para o outro o corpo clínico de qualquer serviço pode sofrer alterações que obriguem a medidas urgentes de adequação e o centro hospitalar assim o fará".

“Os Verdes” questionam Governo
No início da semana, José Luís Ferreira, deputado do grupo parlamentar Os Verdes, confrontou o Governo sobre a possibilidade de encerramento do serviço de oncologia do Hospital do Barreiro, tendo em conta a saída de médicos da unidade.
O serviço de oncologia do Hospital do Barreiro conta hoje com 5 mil doentes activos, tendo realizado em 2011 catorze mil consultas e nove mil e quinhentas sessões de hospital de dia. Com a saída anunciada de três médicos, dizia o deputado do PEV, “o serviço ficará reduzido a dois médicos para cinco mil utentes e, por consequência, inviabilizado. Dado que este serviço é de reconhecida importância e que não presta serviço só aos utentes na sua área de influência”.


Agência de Notícias 

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