Torre do Relógio em Alcácer do Sal precisa de intervenção

Torre corre riscos de ruir se nada for feito

A autarquia de Alcácer do sal está preocupada com a degradação da Torre do Relógio que corre o risco de ruir. Por isso, pede intervenção do IGESPAR. Autarquia alentejana também já pediu um orçamento para ser a própria a fazer a obra mas é demasiado elevado para os cofres do município. 

Município de Alcácer do Sal solicita arranjo da Torre do Relógio   

A Câmara de Alcácer do Sal solicitou ao IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), através da Direcção-Regional de Cultura do Alentejo, uma intervenção urgente para impedir a ruína da Torre do Relógio.

A autarquia pondera avançar já com uma operação de escoramento das zonas em maior risco após o presidente da câmara Pedro Paredes (arquitecto de formação) ter visitado o local e verificado o avançado estado de degradação daquele monumento.

O autarca afirma que “mandei abrir um caminho de ronda, porque a zona estava obstruída por vegetação, nomeadamente cactos, e pude confirmar que a base da torre não apresenta problemas de estabilidade visíveis”. Por outro lado, “confirmei também que a guarda de alvenaria que coroa a torre ameaça ruína, assim como os arcos da torre sineira”, sublinhou Pedro Paredes.

Orçamento elevado

O presidente da autarquia acrescentou que, face a esta grave situação, o município informou o IGESPAR da situação e solicitou uma intervenção urgente, já que é àquele organismo que cabe este tipo de responsabilidades. No entanto, prevendo que aquele instituto governamental possa demorar a avançar com uma solução do problema, a câmara pediu um orçamento a uma empresa da especialidade para esta intervenção.

Segundo a autarquia “o primeiro orçamento apresentado revelou-se extremamente dispendioso, já que implicava um reforço estrutural e restauro integral dos panos de muralha e da própria torre”. Ora, dada a actual “indisponibilidade financeira” da câmara para efectuar uma intervenção tão profunda, e caso o IGESPAR não avance com a obra, o município poderá levar a cabo “uma intervenção de escoramento, exclusivamente centrada nas questões de segurança, até o instituto assumir os seus deveres, já que por debaixo da torre se ergue parte significativa do casario da malha antiga da cidade de Alcácer do Sal, sendo necessário prevenir situações de risco para pessoas e bens”.

Agência de Notícias