Estou embasbacada, feliz
Afinal acredito ainda que o nosso povo, principalmente a minha geração
“rasca” consegue fazer uma revolução não dos cravos mas dos amores perfeitos!
Precisamos de encontrar força no desemprego e enfrentar este governo
que cada vez tira mais e acha que é justo. Se nos representam porque não são
iguais a nós, maioria anda a pé e não recebe nem do fundo de desemprego, como
eu, nem respostas tenho dos currículos que envio. Experimentem sem carro, andar
a pé, com o salário mínimo, sem ajudas de custo, e vivam numa casa como nós que
sai do salário mínimo todas as despesas.
Ninguém votou para que nos tirassem cada vez mais, ninguém votou para
que o país estivesse cada vez mais em baixo.
A manifestação de sábado foi arrepiante, incrível, nós somos capazes de
enfrentar quem está no poder, caia o governo! Nós pedimos a igualdade, a famosa
democracia, se há países em que o governo tem as mesmas condições que o povo
porque é que o nosso é diferente? Portugal é nosso, não vosso. Mudem-se para uma
ilha deserta e façam pela vossa vida longe de nós! Vergonha em ter-vos como
portugueses, vergonha deste governo.
Não há emprego, o país não vai conseguir ir em frente, voltam para casa
dos pais sem dinheiro para casa, filhos, carro, o que é isto?
Se os cargos fossem voluntários gostaria de saber quem estava à frente
do país?!
“Que mundo tão parvo que para ser escravo é preciso estudar” – vamos
aprender a música e cantá-la na próxima manifestação!
Ana Sofia Silva Horta
Educadora de Infância no Desemprego
Oeiras
Oeiras
O terceiro dia semana tem sempre uma reticência. O
mundo pula e avança mas, à Terça-feira, Ana Sofia Horta chega ao ADN com uma
história de vida ou uma estória pessoal. Uma visão muito pessoal e uma opinião
muito real da sociedade. Para ler, saborear, pensar e analisar.
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