Director-geral da Autoeuropa revela preocupações


 “Empregos não estão garantidos”

O tempo é de crise e nem a maior exportadora nacional pode dar garantias sobre empregos. O diretor-geral da fábrica de Palmela disse mesmo que “garantias ninguém as pode dar” no que respeita à manutenção de 3.600 trabalhadores. De acordo com a edição desta quinta-feira do Jornal de Negócios, numa altura em que a crise na Europa se agudizou, António Melo Pires não deixa grandes certezas. “Qualquer decisão sobre essa questão depende dos clientes”, disse, antes de garantir que os fornecedores da empresa deviam ser mais flexíveis. Mesmo assim, o diretor-geral da fábrica adiantou que fará “tudo” o que for possível “para manter o maior número de postos de trabalho”.

Crise no setor automóvel está a prejudicar a Autoeuropa 

Apesar de prometer que tudo será feito “para manter o maior número de postos de trabalho”, Melo Pires defende também, numa entrevista publicada hoje pelo Jornal de Negócios, que, em última análise, tudo depende dos clientes da fábrica de automóveis de Palmela. 
Num clima económico que tem sido especialmente recessivo para o mercado automóvel, tanto a nível nacional como europeu, o presidente-executivo da Autoeuropa assumiu algumas reservas em relação à possibilidade de ser capaz de manter os actuais 3600 postos de trabalho da fábrica.
A quebra de consumo automóvel na Alemanha, em linha com os 10 por cento de recessão no sector na Europa, é particularmente importante para a saúde da fábrica portuguesa, isto porque, de acordo com o Jornal de Negócios, partem para a Alemanha à volta de um quarto das exportações da Autoeuropa.
No caso de haver uma quebra de consumo mais acentuada, a fábrica pode optar pela possibilidade “mais simples de todas”, ou seja, reduzir a produção de 625 carros por dia. “Faz-se de um dia para o outro. Ficamos é com gente em excesso, o que não é para nós a solução ideal”, disse Melo Pires.
O presidente-executivo afirma que a empresa está atenta à evolução de mercado e que todos os meses avalia a necessidade de reduzir a produção - o que acarretaria despedimentos - ou se, por outro lado, face a sinais adversos do sector, a fábrica deve optar por parar mais dias na produção.

Agência de Notícias 

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