Consumo começa cada vez mais
cedo
O consumo de álcool, de
tabaco e de droga aumentou entre os alunos das escolas públicas, revelam os
primeiros resultados do Inquérito Nacional em Meio Escolar divulgados
esta quinta-feira, em Lisboa.
Álcool e drogas leves consumidas cada vez mais cedo |
No ensino secundário, mais de dois terços (68 por cento) dos alunos disseram, quando foram questionados, se tinham ingerido álcool nos 30 dias anteriores e 16 por cento relataram uso de droga: sendo que a mais consumida é, de longe, a cannabis.
Isto significa que 40 mil jovens do secundário reportam consumos recentes de cannabis. E que o aumento em relação ao último inquérito, feito em 2006, foi de sete pontos percentuais, quebrando uma tendência de quebra que parecia desenhar-se em anos anteriores.
No que diz respeito ao álcool, a evolução é semelhante. O número dos que relatam consumo “nos últimos 30 dias” cresceu 10 pontos percentuais. A cerveja é a bebida preferida (51 por cento), seguida das destiladas (50 por cento dizem ter consumido no mês anterior ao inquérito). Dois em cada dez jovens relatam episódios de embriaguez recente.
No 3.º ciclo do ensino básico a tendência é semelhante. Em 2006, 32 por cento dos alunos diziam ter bebido no mês anterior ao inquérito. Em 2011, a percentagem subiu para 37 por cento.
Quanto às drogas, a percentagem de consumo nos “últimos 30 dias” passa de 5 para 6 por cento; o que corresponde à volta de 23 mil alunos. O número dos que falam de embriaguez nos últimos 30 dias mantém-se estável (7 por cento).
Estes números não revelam a quantidade de jovens que já experimentaram alguma das substâncias analisadas no estudo. Segundo quem fez o estudo, essas quantidades são sempre muito maiores e basta dizer que no secundário, por exemplo, o peso dos que contam que já consumiram cannabis alguma vez na vida é de 29 por cento.
Regulamentar sítios onde as drogas leves são vendidas
O estudo, da responsabilidade do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, o organismo que sucedeu ao Instituto da Droga e Toxicodependência, abrangeu cerca de 65 mil alunos. A recolha de dados aconteceu em Maio de 2011.
Esta manhã, durante a apresentação, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, lembrou que em períodos de crise há uma tendência para o aumento dos consumos. E mostrou-se preocupado com o facto de parecer estar a ganhar terreno a ideia de que a cannabis é inócua. “É uma percepção errada. O consumo de cannabis aumenta o risco de psicoses, de esquizofrenia” e de outras doenças, como “mostram vários estudos científicos”.
Sublinhou ainda a necessidade de regulamentar a venda de álcool a menores de 18 anos. E prometeu mudanças para breve na legislação relacionada com as smartshops (“que de smart têm pouco, pelo que considero essa expressão demasiado benévola”, disse), onde se vendem as chamadas “drogas legais”.
“Essas substâncias têm uma elevadíssima toxicidade”, lembrou Leal da Costa. E o facto dos seus efeitos serem muitas vezes desconhecidos dos próprios médicos faz com que os serviços de urgência dos hospitais tenham muito mais dificuldade em lidar com os casos de intoxicação que lhes chegam.
Isto significa que 40 mil jovens do secundário reportam consumos recentes de cannabis. E que o aumento em relação ao último inquérito, feito em 2006, foi de sete pontos percentuais, quebrando uma tendência de quebra que parecia desenhar-se em anos anteriores.
No que diz respeito ao álcool, a evolução é semelhante. O número dos que relatam consumo “nos últimos 30 dias” cresceu 10 pontos percentuais. A cerveja é a bebida preferida (51 por cento), seguida das destiladas (50 por cento dizem ter consumido no mês anterior ao inquérito). Dois em cada dez jovens relatam episódios de embriaguez recente.
No 3.º ciclo do ensino básico a tendência é semelhante. Em 2006, 32 por cento dos alunos diziam ter bebido no mês anterior ao inquérito. Em 2011, a percentagem subiu para 37 por cento.
Quanto às drogas, a percentagem de consumo nos “últimos 30 dias” passa de 5 para 6 por cento; o que corresponde à volta de 23 mil alunos. O número dos que falam de embriaguez nos últimos 30 dias mantém-se estável (7 por cento).
Estes números não revelam a quantidade de jovens que já experimentaram alguma das substâncias analisadas no estudo. Segundo quem fez o estudo, essas quantidades são sempre muito maiores e basta dizer que no secundário, por exemplo, o peso dos que contam que já consumiram cannabis alguma vez na vida é de 29 por cento.
Regulamentar sítios onde as drogas leves são vendidas
O estudo, da responsabilidade do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, o organismo que sucedeu ao Instituto da Droga e Toxicodependência, abrangeu cerca de 65 mil alunos. A recolha de dados aconteceu em Maio de 2011.
Esta manhã, durante a apresentação, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, lembrou que em períodos de crise há uma tendência para o aumento dos consumos. E mostrou-se preocupado com o facto de parecer estar a ganhar terreno a ideia de que a cannabis é inócua. “É uma percepção errada. O consumo de cannabis aumenta o risco de psicoses, de esquizofrenia” e de outras doenças, como “mostram vários estudos científicos”.
Sublinhou ainda a necessidade de regulamentar a venda de álcool a menores de 18 anos. E prometeu mudanças para breve na legislação relacionada com as smartshops (“que de smart têm pouco, pelo que considero essa expressão demasiado benévola”, disse), onde se vendem as chamadas “drogas legais”.
“Essas substâncias têm uma elevadíssima toxicidade”, lembrou Leal da Costa. E o facto dos seus efeitos serem muitas vezes desconhecidos dos próprios médicos faz com que os serviços de urgência dos hospitais tenham muito mais dificuldade em lidar com os casos de intoxicação que lhes chegam.
Agência de Notícias
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