PJ já “capturou” oito gangues do multibanco
Dez dos 14 detidos pela PJ por suspeita de pertencerem a um grupo criminoso que assaltava caixas Multibanco na Grande Lisboa e na região Centro ficaram em prisão preventiva. De acordo com fonte policial citada pela Agência Lusa, os restantes detidos ficaram obrigados a apresentações periódicas na polícia e a termo de identidade e residência. Os detidos foram presentes a tribunal na quinta e sexta-feira da semana passada.
Assaltos a multibancos à bomba... multiplicam-se pelo país |
Os suspeitos, que foram detidos pela PJ na quarta-feira, são indiciados por 30 assaltos a máquinas Multibanco, com recurso a explosivos, na Grande Lisboa e na região Centro.
De acordo com fonte da Unidade Nacional Contra o Terrorismo da PJ, alguns dos membros da rede têm antecedentes criminais por crimes violentos, como roubos, assaltos e tráfico de droga. Um deles foi julgado por tentativa de homicídio.
A rede escolhia Multibancos em locais com menos segurança e utilizava um gel explosivo para rebentar as caixas. De seguida, os seus elementos fugiam em carros de alta cilindrada.
O grupo detido é já o oitavo gangue que a Judiciária desmantela desde que estes assaltos com gás a multibancos despontaram no país. Desde Maio do ano passado até agora, foram registados 173 ataques, que equivalem a lucros na ordem dos 1,6 milhões de euros e danos avultados, ainda por contabilizar.
Os distritos mais afectados são o de Lisboa, onde se concentram 26 por cento destes ilícitos, seguido de Setúbal (18 por cento), do Porto (12 por cento) e de Santarém (9 por cento). Este tipo de crime foi introduzido no país – de acordo com alguns especialistas – por uma rede romena (conhecida por ‘Grupo Oeste’), também já desmantelada pela PJ, que começou a sua actividade criminosa no início de Maio de 2011.
Pouco tempo depois, surgiram outros grupos que tentaram usar o mesmo método. Mas enquanto o grupo
‘original’ teve sucesso num curto espaço de tempo – à conta de cinco assaltos, entre Torres Vedras, Nazaré e Bombarral, em que lucrou para cima de 120 mil euros (o dinheiro normalmente existente em cada multibanco pode ir até 60 mil euros) – os grupos que se formaram depois não revelaram a mesma perícia. Muitas vezes, era maior a destruição provocada nas áreas envolventes das caixas ATM assaltadas do que o lucro do roubo.
Os investigadores rapidamente concluíram que não havia qualquer ligação entre os grupos. Segundo o jornal SOL, verificava-se “um efeito de mimetismo em relação ao primeiro grupo que praticou os assaltos na zona Oeste”.
Os 14 suspeitos – entre os quais quatro mulheres (duas portuguesas e duas brasileiras) –, com idades compreendidas entre os 20 e os 33 anos, chegaram a fazer numa noite quatro assaltos, no espaço de vinte minutos, na área da Grande Lisboa. Para facilitar a fuga, circulavam em carros topo de gama que roubavam momentos antes pelo método de carjacking.
Nas buscas efectuadas a mais de uma dezena de casas e garagens, os inspectores apreenderam uma carabina com mira telescópica e silenciador, uma pistola de guerra de calibre 9 mm, várias catanas, pés de cabra, machados, velas com cargas explosivas, detonadores e um cordão lento (que, uma vez incendiado, provoca a ignição do detonador, que é associado ao explosivo).
A PJ apreendeu também um elevado montante em notas manchadas, resultante do sistema de protecção das máquinas, de tintagem das notas. Este sistema tem por objectivo impedir a entrada em circulação do dinheiro assim marcado. No entanto, os assaltantes conseguiam utilizar as notas e branquear pequenos montantes, recorrendo a máquinas de pagamento automático (como as que existem nos parques de estacionamento, onde não há funcionários).
Os membros do grupo, todos residentes nos arrabaldes de Lisboa, derretiam o dinheiro da actividade criminosa em discotecas e locais de prostituição – o que os levava, de forma compulsiva, a retomar os assaltos.
Quatro assaltos em 20 minutos
Grupo agora detido chegou a fazer quatro assaltos em 20 minutos |
Nas buscas efectuadas a mais de uma dezena de casas e garagens, os inspectores apreenderam uma carabina com mira telescópica e silenciador, uma pistola de guerra de calibre 9 mm, várias catanas, pés de cabra, machados, velas com cargas explosivas, detonadores e um cordão lento (que, uma vez incendiado, provoca a ignição do detonador, que é associado ao explosivo).
A PJ apreendeu também um elevado montante em notas manchadas, resultante do sistema de protecção das máquinas, de tintagem das notas. Este sistema tem por objectivo impedir a entrada em circulação do dinheiro assim marcado. No entanto, os assaltantes conseguiam utilizar as notas e branquear pequenos montantes, recorrendo a máquinas de pagamento automático (como as que existem nos parques de estacionamento, onde não há funcionários).
Os membros do grupo, todos residentes nos arrabaldes de Lisboa, derretiam o dinheiro da actividade criminosa em discotecas e locais de prostituição – o que os levava, de forma compulsiva, a retomar os assaltos.
Agência de Notícias
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