Marcha solidária em defesa do hospital do Barreiro


Duas mil pessoas desfilaram “por uma saúde melhor”

No domingo, 21 de Outubro  perto de dois mil marchantes percorreram ruas do Barreiro levando como bandeira a defesa do Centro Hospitalar Barreiro Montijo. À 4ª Marcha Solidária da AMPM - Associação de Mulheres com Patologia Mamária, juntaram-se cidadãos preocupados com a situação actual da unidade hospitalar do Barreiro, nomeadamente com a sua Unidade de Oncologia. “Reposição imediata dos oncologistas do nosso hospital” e “pela diferenciação das valências do nosso Hospital” foram algumas das frases inscritas nos cartazes levantados.

Milhares de pessoas desfilaram pelas ruas do Barreiro 

Para além de sensibilizar a população para a importância do diagnóstico precoce do cancro da mama, a presidente da associação, Maria Fernanda Ventura, não negou que a Marcha Solidária deste ano é também um “pouco” de protesto “pela situação que se vive no Hospital”.
Também presente no evento - tal como outros representantes da autarquia-, o presidente da Câmara, Carlos Humberto, considerou a iniciativa como uma “marcha solidária com as mulheres com patologia mamária, com os doentes oncológicos e com os utentes do Centro Hospitalar”. “Esta é mais uma resposta solidária a que o Barreiro nos habituou [e é] mais um momento em que o Barreiro responde e responde bem”.
Na ocasião, o autarca manifestou-se preocupado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) face a uma “ofensiva contra os direitos” que entende verificar-se, decorrente das medidas levadas a cabo na Saúde.

Tribunal de Haia já está com processo em andamento 
À comunicação social, Cristina Santos, da Petição em defesa da Unidade de Oncologia informou que esse documento já tem número de processo no Tribunal Internacional dos Direitos do Homem, em Haia, na Holanda, e considera, por isso, que “vão ser apurados os factos de tudo o que está a acontecer, não só no Hospital do Barreiro mas a nível do SNS”. “Quais os cortes orçamentais no que diz respeito à saúde” em Portugal é uma das interrogações que este organismo internacional pretende colocar ao Estado Português, segundo a utente. A responsável acrescentou ainda que os elementos da petição já foram convocados também para ir à Assembleia da República, já existindo um relator nomeado inclusivamente nesse sentido.
Perante um largo do Mercado 1º de Maio repleto de gente, Cristina repetia: “Esta é uma grande vitória”. “Enquanto tivermos força e formos capazes, este movimento não pára”, afiançava também relativamente ao Movimento Cívico, criado a 9 de Outubro no Barreiro.
No segundo ano como padrinho da Marcha da AMPM, Carlos Oliveira ‘Bóia’ chamou a atenção para o facto de o Cancro da Mama não ser um problema “apenas das mulheres mas também dos homens” e considerou que esta é “também a hora de as pessoas levantarem a cabeça e lutarem por algo que é seu”.


Agência de Notícias 

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