Observanatura cativou duas mil pessoas

Reserva do estuário do Sado cria observatório de aves em Setúbal

A Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES) vai tornar o Moinho de Maré da Mourisca num centro de dinamização da observação de aves aquáticas e num ponto de encontro para seguidores e curiosos desta prática, promovendo assim o turismo ornitológico da região.

Estuário do Sado quer criar observatório de aves 

João Carlos Farinha, director da RNES, considera que o “moinho será um pólo muito importante para o turismo no estuário” com o desenvolvimento e promoção de “atividades a nível da experiência e a integração de um café no espaço para que atraia mais pessoas ao local”. O objectivo, diz o director da Reserva Nacional do Estuário do Sado, “passa por guiar as pessoas para o turismo ornitológico”.
João Carlos Farinha diz que “as unidades hoteleiras locais já investem na observação de aves” mas acredita que “ainda estão muito concentradas no golfinho”, pelo que será necessário “encorajá-las para que agora se relacionem mais com o birdwatching”. As ações de promoção do turismo ornitológico passam também pela divulgação da prática em eventos e feiras da região. “É preciso fazer mais publicidade à prática antes da próxima edição do Observanatura”, destaca o director da RNES.

Duas mil pessoas estiveram na Mourisca
A edição deste ano da Feira de Turismo de Natureza Observanatura contou com duas mil pessoas ao longo dos dois dias do certame e promoveu ainda encontros entre profissionais da área da observação de aves, vindos de várias regiões da Europa. “As pessoas participaram e deram um sinal muito positivo desta quarta edição”, destaca João Carlos Farinha.
O director da RNES aponta para a “Bolsa de Contactos – Speedtrading”, como ponto alto da feira, “onde compareceram diversos operadores turísticos internacionais e que esteve completamente esgotado”. A iniciativa teve como objetivo a criação de oportunidades de negócio na área do turismo de natureza e a troca de contactos entre operadores portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses e belgas. 
“Na próxima edição, a organização pretende aumentar as horas de participação do encontro e acredita que poderá ser uma mais valia para atrair turistas para a região”, refere João Carlos Farinha.
O responsável dá ainda realçe a “uma grande percentagem de curiosos” da observação de aves aquáticas que procuram todos os anos melhorar os seus conhecimentos no decorrer do Observanatura. As conferências, onde participaram vários peritos estrangeiros “de quem se espera maior investimento no turismo ornitológico”, foram os eventos com maior adesão, disse João Carlos Farinha.

Agência de Notícias 

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