“Remodelar a forma como se deve intervir junto da população mais idosa”
A Câmara de Palmela quer combater o isolamento social da população idosa no concelho, principalmente nas zonas rurais das freguesias do Poceirão e Marateca. Este é um desafio que o município quer preparar bem. E para isso estuda medidas que passam pelo trabalho em parceria com diversas instituições do concelho que promovam a melhor inserção na comunidade. Ana Teresa Vicente, chefe do executivo camarário, está atenta “a esta realidade” e aponta para novas dinâmicas no campo da cultura, desporto como pontos cruciais da estratégia de parceria. Uma estratégia que a diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social também aponta.
Isolamento na velhice também já chega ao Centro Histórico de Palmela |
“Pessoas com caraterísticas e talentos diferentes merecem uma inserção diferente na comunidade”, conta Ana Teresa Vicente que, no Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade Entre Gerações, encontra o pretexto para “remodelar a forma como se deve intervir junto da população mais idosa”.
O papel das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) na promoção e desenvolvimento de atividades com o objetivo de inserir a população na comunidade é salientado por Ana Clara Birrento, diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, mas sem nunca esquecer “a importância da sustentabilidade financeira destas”.
“As respostas dadas à população na temática do envelhecimento ativo apenas são possíveis se as IPSS forem sustentáveis, já que os projetos que a sociedade exige têm uma obrigatoriedade de ser dinâmicos e inovadores”, esclarece Ana Clara Birrento.
“IPSS têm de ser sustentáveis para o futuro”
O Centro Local de Apoio Social de Palmela (CLAS) é um exemplo da necessidade de sustentabilidade e futuro das IPSS, demonstrada por Adilo Costa, presidente da instituição [e vereador da Área Social e Saúde] que sente o concelho de Palmela “preparado para responder às necessidades da população mais idosa”.
“Os projetos, sonhos e programas das IPSS têm de ser sustentáveis para o futuro”, prossegue Adilo Costa, retirando assim o cariz de curto prazo nas atividades implementadas.
A viabilidade destes projetos passa também pelo “trabalho em rede” entre todos os organismos responsáveis pela inserção dos cidadãos, admite a responsável pela Segurança Social do distrito, que vê ainda o envelhecimento “não como um acontecimento mas um processo”.
Palmela também atenta a idosos dos concelhos vizinhos
A ideia do envelhecimento do cidadão como um procedimento ativo em vez de uma eventualidade relacionada à perda de capacidades é defendida por Ana Teresa Vicente, que vê na ausência da rede de apoio ao idoso, tanto no meio social como na família, como o principal obstáculo no combate ao isolamento. “Os serviços e as atividades proporcionadas em Palmela são cada vez mais acessíveis à população”, esclarece a presidente, acrescentando que no próprio centro histórico da vila de Palmela, este fator de isolamento sucede.
Cerca de 18 por cento da população do município é composta por cidadãos com mais de 65 anos, mas não é apenas com estes que a autarquia se preocupa na estratégia de envolvimento da população. “Muitos idosos não residentes procuram Palmela pelos seus serviços e programas, por isso é necessário tornar o concelho ainda mais acessível a todos”, conclui Ana Teresa Vicente.
Agência de Notícias
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