Reticências da Sociedade por Ana Sofia Horta


Em  memória do avô

Quando fez um ano, já passaram mais, e ainda continuas na minha memória. Nunca conseguirei mostrar e elogiar o que foste para mim, o que eras enquanto pessoa. O destino assim quis. Mas tu ainda sabes…


Faz amanhã um ano,
Que paraste de sofrer,
Que foste para outro lado,
Onde melhor podes viver.
Acredito que aí estás melhor,
Acredito que onde estás nos podes ver,
Acredito ainda no teu amor,
Que a maldita doença conseguiste vencer.
Continuo a pensar em ti,
Continuo a sentir a tua presença,
Fazes-me falta,
Mas prefiro esta tua ausência.
Sei que agora estas melhor
Que acabou o teu sofrimento,
Poderás ter falecido,
Mas continuas em mim vivo cá dentro.
A vida tem de continuar,
Para a frente é o caminho,
Mas todos te continuamos a amar,
Ainda temos o mesmo carinho.
Não te vamos esquecer,
Por mais que estejas afastado,
Só irás mesmo morrer,
Quando todos nós tivermos esta terra abandonado.
“Sou feliz” posso dizer,
Apesar de teres partido,
Pois assim não estás a sofrer,
E mesmo assim continuas comigo.

Nunca te vou esquecer,
Por todos os sentimentos que me despertaste,
Por me teres dado o amor de um pai,
Pelo amor que nunca ignoraste,
Por teres estado sempre ao meu lado,
Pela razão que comigo nunca falhas-te.
Adoro-te por tudo o que me fizeste passar,
Pelo que me fizeste ser
Nunca te vou lembrar,
Porque nunca te vou esquecer..

Palavras unidas
Que formam frases,
Frases sentidas.
Como forma de desabafar..
Só para te dizer que te continuo a adorar!!
Ainda sinto a tua ausência,
Mas seria injusto,
Preferir a tua presença..
Pois a razão de não a ter,
Foi aquela maldita doença,
Que tanto te fez sofrer.

Foi melhor assim,
Foi melhor para ti
Ainda te estamos a sentir
Continuamos-te a adorar,
Para sempre estarás presente,
Com as saudades a aumentar!!

Estarás para sempre no nosso pensamento,
No nosso coração;
Através destas palavras demonstro o nosso sentimento,
A falta que fazes,
O vazio que sinto cá dentro..


Sempre e para sempre
Adoro-te avô




Ana Sofia Silva Horta
Educadora de Infância no Desemprego
Oeiras 

O terceiro dia semana tem sempre uma reticência. O mundo pula e avança mas, à Terça-feira, Ana Sofia Horta chega ao ADN com uma história de vida ou uma estória pessoal. Uma visão muito pessoal e uma opinião muito real da sociedade. Para ler, saborear, pensar e analisar. 

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