Empregada ameaçada com arma de fogo em tentativa falhada de assalto
Uma
empregada de limpeza do Centro Comercial das Fontainhas, na Moita, foi ontem ameaçada
com uma arma de fogo e obrigada a abrir as grades por um grupo de cinco
indivíduos encapuzados, que explodiram o multibanco, mas fugiram sem o
dinheiro. No concelho de Montijo, um proprietário de uma quinta foi preso
depois de alvejar um ladrão que roubava animais na sua propriedade e, no Pinhal
Novo, um homem foi detido pela GNR em flagrante ao tentar matar o, suposto
amante, da sua namorada. É o retrato do mapa criminal de um distrito onde até,
soube-se hoje, os cemitérios não escapam. A Câmara da Moita disse hoje que
foram vandalizadas 48 sepulturas do cemitério local para roubarem metal.
Caixa de multibanco era o alvo dos assaltantes no Vale da Amoreira |
Cerca de cinco pessoas entraram no Centro Comercial das Fontainhas, na Moita e terão ameaçado a funcionária, de modo a ter acesso
ao espaço onde se encontrava a caixa ATM. Alguns elementos do grupo fizeram
explodir a máquina, mas fugiram antes de consumar o furto.
"Prenderam-me e levaram-me para um canto do centro
comercial. Ouvi depois uma grande explosão e vi muito fumo. Eu estava dentro do
centro, quando me obrigaram a abrir a grade, pois estavam armados e
ameaçaram-me", disse à Lusa Zilma Sobral, a empregada que foi manietada
pelos assaltantes.
Zilma referiu que viu três indivíduos encapuzados que
entraram no centro, os outros dois ficaram no exterior. Os assaltantes acabaram
por fugir do local numa viatura.
"Fugiram sem levar nada, foi um grande susto para mim.
Já nem se pode trabalhar em paz", referiu.
O assalto ocorreu cerca das 6.30 horas. A PSP e a Polícia
Judiciária deslocaram-se ao local para recolher indícios do assalto, obrigando
ao fecho do centro durante a manhã.
A empregada ligou-me a dizer que o centro tinha sido
assaltado. Perguntei como e ela disse-me que a obrigaram a abrir a grade com a
ameaça de uma caçadeira e que teve medo e abriu. Explodiram a máquina
multibanco com uma botija de gás, mas não levaram nada", disse à Lusa Dina
Agostinho, diretora do centro.
A responsável explicou que ficaram algumas montras
partidas, mas que os estragos não são muito avultados.
"Ficaram quatro ou cinco montras partidas com a
explosão e na parte de baixo do centro caiu uma placa do teto falso, mas não
são estragos muito avultados. Apesar de tudo, é uma manhã de trabalho perdida
para todos", salientou, referindo que o centro tem 26 anos de existência e
53 lojas.
Assaltantes ainda
ameaçaram uma pessoa que passava na rua
Dina Agostinho espera agora que a caixa multibanco seja
recolocada o mais rápido possível, pois "a máquina é a sobrevivência do
negócio".
Manuela Corono, que tem uma papelaria no centro, referiu
que os dois indivíduos que ficaram na rua ainda ameaçaram um homem que ia a
passar no local e se apercebeu do assalto.
"Os dois que ficaram na rua ainda apontaram uma arma a
um homem que ia a passar na rua. Isto já devia estar estudado pelos
assaltantes. Tudo isto causa muitos problemas, pois não podemos vender",
salientou.
O centro, localizado na freguesia do Vale da Amoreira, na
Moita, esteve fechado ontem de manhã com os responsáveis pelas lojas a entrarem
já depois das 11.30 horas, para avaliarem os estragos e começarem a limpar o espaço.
Roubam 48 sepulturas do cemitério da Moita
A
Câmara da Moita anunciou hoje que 48 sepulturas foram alvo de roubos no
cemitério localizado no Alto de São Sebastião, com os assaltantes a procurarem
objectos como crucifixos, jarras ou outro material de metal.
"O
Cemitério da Moita, no Alto de São Sebastião, tem vindo a ser alvo de actos de
vandalismo, tendo-se verificado recentemente ocorrências de maior gravidade,
nos dias 15 e 25 de Outubro, em que foram roubadas 11 e 37 sepulturas, respectivamente",
refere a autarquia em comunicado enviado ao ADN.
"Os
assaltantes procuram sobretudo elementos de metal, como crucifixos, jarras e
outros. Nos últimos meses, têm-se registado no concelho da Moita diversos actos
de vandalismo que o município tem condenado veementemente", conclui o
comunicado da autarquia.
Ladrão de animais alvejado em Sarilhos
Grandes
Um homem de 28 anos foi baleado pelo proprietário de uma quinta, em
Sarilhos Grandes, concelho de Montijo, quando se preparava para furtar animais,
ontem de madrugada, tendo sido transportado para o Hospital do Montijo.
Farto dos constantes furtos de gado, o pastor passou a
noite de quarta-feira no terreno de que é proprietário, armado de caçadeira e à
espera de ladrões. Pelas onze da noite, apercebeu-se de que estava um homem a
desviar ovelhas do seu rebanho, e disparou. Os chumbos atingiram o ladrão numa
perna.
Foi o próprio autor do disparo a chamar a GNR, confessando a
agressão a tiro. A Polícia Judiciária de Setúbal foi chamada, e recolheu
vestígios do crime, assumindo a investigação.
O Ministério Público do Montijo determinou a detenção do
pastor pelo crime de posse de arma ilegal (caçadeira). Presente ontem de manhã
a tribunal, aguarda julgamento em liberdade.
Preso ao tentar
matar amante da namorada no Pinhal Novo
No
Pinhal Novo, um homem de 72 anos foi preso, quarta-feira à noite, no Pinhal Novo, depois
de confessar que queria matar um indivíduo que julgava ser o amante da sua
namorada.
O detido foi surpreendido pela enteada pelas 23horas quando já se
encontrava no quintal de casa da namorada. A jovem chamou a GNR, que compareceu
no local em pouco tempo. O homem foi encontrado na posse de um saco contendo um
machado e uma garrafa com gasolina, e confessou à patrulha da GNR que queria
usar os objectos para matar um homem que estava, naquele momento, dentro da
casa da namorada, e sobre quem tinha suspeitas de ser o amante da sua
companheira. Foi detido.
Paulo Jorge Oliveira
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