Escola de Almada acusada de não
servir almoço a uma criança por dívida da mãe
Numa altura onde a fome nas escolas é tema de debate nacional ainda há escolas onde se “proíbe” uma criança de nove anos de almoçar, por causa de uma dívida de 4,65 euros de uma família sem posses financeiras para pagar. O caso passou-se na Escola Básica Feliciano Oleiro, em Almada. A mãe, segundo o Correio da Manhã, acusa a escola de não deixar a criança almoçar. A escola responde que "o menor não almoça porque a mãe o proibiu". Entre o deve e o haver… há mais uma criança com fome declarada numa escola pública portuguesa. A situação, segundo o meu jornal, já estará resolvida.
A directora do Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade (a que pertence a EB Feliciano Oleiro), Maria Lucena, nega que Rui tenha sido impedido de almoçar no refeitório. "O menor não almoça porque a mãe o proibiu", acusa.
Maria José Limpo contesta e diz que passam fome em casa: "Tenho 135 euros do Rendimento Social de Inserção e o Rui recebe cem euros pela morte do pai e mais 35 euros de abono de família." "Retiro 105 euros para a renda da casa, mais 30 para a luz, 20 para a água e 20 para o gás e 30 para os medicamentos, sobram 65 euros para comer. Não dá para pagar o almoço na escola", acrescenta.
"Tentei que o Rui levasse uma marmita de casa, mas foi recusado pela coordenadora da escola, Cristina Ferreira." Na terça, o jantar foi pão com manteiga. No inicio desta semana o aluno recusou ir à escola por "não ter forças".
A Câmara de Almada – que gere os equipamentos escolares e as refeições – já chamou a mãe do aluno e já terá se comprometido a dar refeições a Rui Silva. A denuncia do caso fez com que muitas pessoas quisessem ajudar o Rui e a mãe.
Os dois números foram indicados pelo secretário de Estado da Educação, Casanova de Almeida, que em declarações à TSF, esta quinta-feira, acrescentando que, daquelas, aproximadamente 2500 ainda não estão a receber reforço alimentar.
No passado dia 13, quando informou o Parlamento de que à data estavam a receber o pequeno-almoço 51 por cento dos 10.385 alunos com carências alimentares identificadas, Casanova de Almeida frisou que o Ministério da Educação e Ciência se encontrava “a gerir um projecto que nasce da vontade da sociedade civil”. Esta quinta-feira, dia em que divulga quais as empresas que estão a colaborar no projecto, doando alimentos, o secretário de Estado voltou a frisar que este não representa qualquer despesa para o Ministério.
Agência
de Notícias
Mãe diz que não tem como pagar almoço na escola |
Rui Silva tem nove anos e desde o início do mês que não almoça na escola, devido a uma dívida da família. A denúncia é de Maria José Limpo, mãe do menino, que frequenta o 4º ano na Escola Básica Feliciano Oleiro, em Almada. A mãe garante não ter 73 cêntimos para pagar o almoço diário do filho. A dívida à escola já vai em 4,65 euros.
A Câmara de Almada (que gere o fornecimento de refeições nas escolas) enviou a Maria Limpo uma carta quando a dívida atingiu 90 cêntimos e a escola enviou uma outra carta, no dia 12, a avisar que a dívida já atingiu 4,65 euros. A directora do Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade (a que pertence a EB Feliciano Oleiro), Maria Lucena, nega que Rui tenha sido impedido de almoçar no refeitório. "O menor não almoça porque a mãe o proibiu", acusa.
Maria José Limpo contesta e diz que passam fome em casa: "Tenho 135 euros do Rendimento Social de Inserção e o Rui recebe cem euros pela morte do pai e mais 35 euros de abono de família." "Retiro 105 euros para a renda da casa, mais 30 para a luz, 20 para a água e 20 para o gás e 30 para os medicamentos, sobram 65 euros para comer. Não dá para pagar o almoço na escola", acrescenta.
"Tentei que o Rui levasse uma marmita de casa, mas foi recusado pela coordenadora da escola, Cristina Ferreira." Na terça, o jantar foi pão com manteiga. No inicio desta semana o aluno recusou ir à escola por "não ter forças".
Escola garante alimentação para todos
A directora do Agrupamento Anselmo de Andrade, Maria Lucena, garante que foi pedido à mãe de Rui Silva um comprovativo de alteração de rendimentos, para que o aluno possa ter isenção do pagamento de refeições. Maria José Limpo diz que só em Janeiro de 2013 é que a Segurança Social emite um novo comprovativo.A Câmara de Almada – que gere os equipamentos escolares e as refeições – já chamou a mãe do aluno e já terá se comprometido a dar refeições a Rui Silva. A denuncia do caso fez com que muitas pessoas quisessem ajudar o Rui e a mãe.
Empresas dão pequeno-almoço a 13 mil crianças com fome
Em pouco mais de duas semanas o número de crianças com fome sinalizadas pelas escolas por irem para as aulas, de forma continuada, sem terem tomado o pequeno-almoço, subiu de 10.385 para cerca de 13 mil. Os dois números foram indicados pelo secretário de Estado da Educação, Casanova de Almeida, que em declarações à TSF, esta quinta-feira, acrescentando que, daquelas, aproximadamente 2500 ainda não estão a receber reforço alimentar.
No passado dia 13, quando informou o Parlamento de que à data estavam a receber o pequeno-almoço 51 por cento dos 10.385 alunos com carências alimentares identificadas, Casanova de Almeida frisou que o Ministério da Educação e Ciência se encontrava “a gerir um projecto que nasce da vontade da sociedade civil”. Esta quinta-feira, dia em que divulga quais as empresas que estão a colaborar no projecto, doando alimentos, o secretário de Estado voltou a frisar que este não representa qualquer despesa para o Ministério.
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