Trabalhadores exigem melhores condições no Metro Sul do Tejo
O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) acusa a empresa de transportes públicos de Almada e Seixal, Metro Transportes do Sul (MTS) de “adiar e continuar a bloquear a oportunidade de negociação” dos interesses dos trabalhadores que pretendem “soluções mais favoráveis e uma melhoria do ambiente de trabalho que se vive na empresa”. Os funcionários estão em protesto desde o início deste mês não tendo prestado serviço no dia de feriado, em todos períodos de trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal.
Maquinistas do Metro Sul do Tejo estão em luta por mais condições |
António Medeiros, presidente do SMAQ acredita que podem ser “encontradas melhores soluções” para as condições do período de trabalho de oito horas dos maquinistas.
O dirigente sindicalista destaca a importância de ser criado um Seguro de Responsabilidade Civil Profissional aquando da ocorrência de acidentes com peões, “atendendo ao risco e à responsabilidade que esta atividade comporta”. A administração da empresa refuta as acusações e acresce que “as negociações foram interrompidas por iniciativa do sindicato”.
Os funcionários estão em protesto desde o início deste mês não tendo prestado serviço no dia de feriado, em todos períodos de trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal, e em ocasião de falta de repouso mínimo, que compreende a inexistência de um período mínimo de descanso de onze horas entre turnos. Em causa estão ainda as acusações de “discriminação e de ilegalidades praticadas pela empresa por motivo do exercício do direito de greve” que se arrastam desde o mês de outubro.
Greves aumentam para a semana
A partir da próxima segunda feira e até sábado, os maquinistas vão parar nas últimas três horas de cada período normal de serviço diário e em “todo e qualquer trabalho” correspondente, em exclusivo, ao próximo dia 14 na sequência da adesão à greve geral. Os trabalhadores reivindicam a negociação do Acordo de Empresa e a atribuição de subsídios de transporte, de escala de serviço e de refeição e ainda a melhoria das condições de trabalho e de segurança. A administração da MTS defende que “todos os trâmites a que a empresa está legalmente obrigada no âmbito do processo de negociação do Acordo de Empresa” têm sido cumpridos.
António Medeiros acusa a MTS de “menosprezar a importância da função e do papel que os trabalhadores representam para a própria empresa” e acrescenta que “esta é uma profissão com uma alta responsabilidade que deve ser devidamente valorizada”. Por seu lado, a empresa argumenta que as condições de trabalho e de segurança dos maquinistas são “um tema para o qual a MTS é particularmente sensível, uma vez que os seus colaboradores são o maior ativo da empresa”.
Agência de Notícias
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