Enxofre
obriga a retirar 300 crianças
A queima
de enxofre num cacifo da Escola Básica José Saramago, em Poceirão, no concelho
de Palmela, obrigou à retirada de 300 pessoas, entre alunos e funcionários, na
quarta-feira. Duas pessoas foram assistidas no hospital de Setúbal
e já receberam alta.
300 alunos foram evacuados da Escola Básica do Poceirão |
O alarme
disparou, mas a retirada dos alunos, do 5.º ao 9.º anos, foi
"complicada": a escola "não tem plano de evacuação e uma das
portas de emergência estava trancada a cadeado", informou Nuno Aredo, da
Associação de Pais, citado pelo Correio da Manhã.
O
incidente ocorreu pelas 10h30 de quarta-feira. No cacifo de um aluno estaria um
recipiente com enxofre, que originou a libertação de fumo e provocou o pânico.
Aflitos, os estudantes não sabiam o que fazer. Uma aluna e uma funcionária, que
sofrem de asma, foram transportadas para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal
– tiveram alta durante a tarde. Outras 14 pessoas foram assistidas no local por
uma equipa de emergência médica do Hospital de Setúbal e pelos Bombeiros de
Águas de Moura.
"Fiquei
muito assustada. Há muito tempo que alertamos para a criação de um plano de emergência",
afirmou Rute Trindade, mãe de uma aluna. O cheiro intenso e tóxico e a
dificuldade em respirar deixou todos aflitos. "Viveram-se momentos de
grande stress, falta de coordenação e mal-estar", frisou Nuno Aredo.
O
presidente da Junta de Freguesia de Poceirão, José Silvério, lamentou a falta
de um plano de evacuação: "Há falta de preocupação da escola em algumas
questões".
A escola
primária – que funciona ao lado da Escola Básica – foi também encerrada por falta de almoço às
crianças. O refeitório que serve as duas escolas fica no espaço da escola
básica e levou ao Agrupamento de Escolas José Saramago a optar pelo
encerramento dos dois espaços.
Amianto
gera queixa da Quercus
A Quercus
vai apresentar na próxima semana uma queixa na União Europeia contra o Estado
Português pela ausência de um registo de edifícios com amianto. Segundo Cármen
Lima, da Quercus, "Portugal está obrigado a fazer um levantamento dos
edifícios públicos com amianto. Nunca foi feito".
Agência de Notícias
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