Obra acontecerá no verão e é investimento
de 22 milhões
As
praias da Costa da Caparica vão receber este verão mais um milhão de metros
cúbicos de areias, uma intervenção para reforçar a defesa costeira, que estava
prevista há dois anos, anunciou o presidente da junta de freguesia.
Praias da Costa da Caparica vão ter mais areia a partir de Julho |
Em declarações à agência Lusa, o autarca
social-democrata, António Neves, adiantou que já foi lançado o concurso público
internacional para a realização da terceira fase da alimentação artificial das
praias da Costa de Caparica, iniciada em 2007.
A obra esteve prevista para 2011, mas, na época, o
Instituto Nacional da Água (INAG) cancelou o projeto alegando que as
intervenções anteriores, em que foram colocados cerca de 2,5 milhões de metros
cúbicos de areias, tinham tido um resultado “francamente positivo” e
dispensavam “temporariamente” uma terceira fase.
Obras
em plena época balnear
Nesta intervenção, explicou o autarca, além da
deposição das areias nas praias da Saúde e de São João, serão ainda colocados
“uns tubos cheios de areia, fora da praia, para que a retenção de areias seja
mais consistente do que aquilo que tem sido até à data”.
“Esperemos que o mar não seja tão agressivo este ano e
que tenha alguma bondade para com a Costa de Caparica e que em Julho se
possa fazer a obra por forma a garantir a segurança de pessoas e bens e manter
a defesa costeira que ali se encontra devidamente consolidada”, afirmou.
As obras, que implicam a distribuição de enormes tubos
pelos areais, vão decorrer, à semelhança de anos anteriores, nos meses de verão
– entre Julho e Setembro -, mas António Neves não receia efeitos negativos
sobre o turismo.
“Acaba por ser uma atração turística, há quem
aproveite os tubos para fazer de cabeceira”, descreveu.
22
milhões de investimento
A intervenção tem de ser realizada numa altura em que
as marés são mais baixas e mais calmas porque as dragas (navios que transportam
as areias) não suportam ondulações superiores a dois metros.
O reforço da defesa costeira na Caparica, obra
estimada em 22 milhões de euros, começou depois de, no final de 2006, o mar ter
galgado as dunas, ameaçando o parque de campismo do INATEL, habitações e bares
de praia e destruindo o cordão dunar numa extensão de 16 metros.
Situação que não se repetiu nos invernos seguintes.
“Tem havido aqui uma coincidência muito boa”: por um lado, o mar “não tem
estado tão agressivo como há uns anos” e a colocação das areias e o
redimensionamento da defesa aderente – através da colocação de pedras -
contribuíram para a proteção das dunas.
Agência de Notícias
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