Metro de Lisboa obrigado a investir na mobilidade para todos
O Provedor de Justiça deu seis meses ao Metropolitano
de Lisboa e à autarquia para comunicarem as medidas que tomaram para melhorar
as condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
Provedor de Justiça quer Metro com acessibilidade |
Em meados de Novembro, um relatório da Provedoria de
Justiça, resultado de várias inspecções, dava conta de que o Metropolitano de
Lisboa não tinha um plano específico de evacuação de passageiros de cadeiras de
rodas em situações de emergência nem previa a retirada de passageiros a partir
do interior das carruagens ou das galerias.
As visitas de inspecção feitas pela Provedoria de
Justiça tinham como objectivo aferir as condições de acessibilidade para as
pessoas com mobilidade reduzida, especialmente os portadores de deficiência e
os idosos.
Na altura, a Provedoria disse ser necessária a
elaboração de um “protocolo de colaboração com as forças de segurança e com o
Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, por forma a acautelar a realização
periódica de simulações de acidente e de acções de formação aos respectivos
funcionários e para o estabelecimento de preventivos de articulação e
sinalização, em caso de emergência”.
Agora, o provedor Alfredo José de Sousa pede que o
presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa e o
presidente da Câmara Municipal de Lisboa lhe comuniquem o resultado das
diligências na sequência do relatório.
O provedor de Justiça diz ter considerado “muito satisfatório
o acolhimento genérico” das propostas feitas por si, mas reiterou ao
Metropolitano de Lisboa que é importante que todas as anomalias identificadas
nos terminais sejam sinalizadas e que essa informação seja disponibilizada via
Internet.
Volta a frisar que é necessário que os modelos de
comunicação e auxílio das pessoas com necessidades especiais sejam melhorados,
a partir do interior das estações e até à entrada nas carruagens.
Alfredo José de Sousa aproveita igualmente para
reiterar ao Metro e à autarquia de Lisboa que, no que diz respeito ao ambiente
exterior, a elaboração de estudos, projectos de arquitectura ou a execução de
novas estações deve incluir os serviços técnicos tanto da autarquia como da
empresa de transportes.
Pede também que a remoção das barreiras
arquitectónicas seja feita com a participação do Instituto Nacional de
Reabilitação e que a Câmara de Lisboa faça o levantamento e inventariação de
todos os acessos exteriores às estações de metro.
Agência de Notícias
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