Ação de
protesto vai durar até final de Abril
A adesão à greve de 24 horas dos
trabalhadores da empresa Transportes Sul do Tejo que começou às 3 da manhã de
quinta-feira, afectou 70 por cento das ligações rodoviárias, avançou Luís
Leitão, da União de Sindicatos de Setúbal. Em plenário, os trabalhadores
marcaram nova greve para o início de Março e greve nos feriados até Abril.
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| A TST parou ontem e anuncia mais paragens em Março e feriados |
Os trabalhadores da
empresa Transportes Sul do Tejo (TST) decidiram esta quinta-feira realizar
greve aos feriados até final de Abril e marcar um novo plenário, com greve,
para o início de Março, disse fonte da União de Sindicatos de Setúbal citada
pela Lusa.
Os trabalhadores daquela empresa de transporte rodoviário
cumpriram 24 horas de greve.
“Os trabalhadores vão fazer greve aos feriados até Abril, o
que vai afetar as ligações nos três feriados que existem, e também marcaram um
novo plenário, com greve, para Março, em princípio no dia 8, que será igual ao
que aconteceu hoje”, disse o sindicalista.
Luís Leitão referiu que os trabalhadores estão unidos no
protesto e que no dia 8 de Março, se a empresa “não inverter este caminho”,
podem ser marcadas novas formas de luta, como greves parciais.
“Os trabalhadores têm um grande sentimento de revolta, típico
de quem está a ser espoliado. Este aumento, de 1,2 por cento, foi decidido
unilateralmente e é uma esmola”, referiu.
Os trabalhadores exigem o pagamento adequado do trabalho
extraordinário e o cumprimento dos descansos compensatórios.
Segundo o sindicalista, os motivos desta greve estão
relacionados com as alterações ao código do trabalho, a necessidade de ser
cumprido o Acordo de Empresa e os aumentos.
TST reage…
A administração da TST, em comunicado divulgado na
quarta-feira, revelou que discorda dos argumentos que estão na base do
documento de pré-aviso recebido a 28 de Janeiro, apesar de reconhecer que a
greve “é um direito de todos os trabalhadores”.
“A TST recorda que, em tempos de séria retração económica,
os salários dos seus colaboradores foram atualizados, já em 2013, a uma taxa
superior à da inflação prevista. A TST tem consciência da conjuntura económica
do país e pretende, de uma forma diferenciadora, minorar estas repercussões
económicas na sua equipa”, refere o documento.
Greve afectou 70 por cento das carreiras
“A greve afectou 70 por cento das carreiras rodoviárias
previstas em toda a área de intervenção dos Transportes Sul do Tejo. Os
concelhos de Almada e Seixal foram as zonas mais afectadas”, disse o
sindicalista à Lusa, ao início da tarde de quinta-feira. Mas também houve
muitas perturbações nas ligações a Lisboa desde Setúbal, Palmela, Montijo e
Alcochete.
A Lusa contactou a TST, mas até ao momento, a empresa ainda
não avançou com números de adesão à greve.
Agência de Notícias
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