Caparica vive nova centralidade no concelho
“A Caparica é a nova centralidade do concelho de Almada”. Quem o diz é
Teresa Paula Coelho, presidente da junta de Freguesia local, na inauguração do
Monumento à Multiculturalidade. Uma obra de arte pública que envolveu a
participação da população e de várias entidades, e vem complementar a zona
verde do Centro Cívico da Caparica onde já existe um complexo de piscinas e,
brevemente, será inaugurada a Biblioteca Maria Lamas.
E para fazer companhia ao novo “monumento”, está previsto para a mesma zona,
para além das novas instalações do Clube Recreativo União Raposense, está ainda
a ser desenvolvido um projecto que envolve as escolas do ensino básico do
concelho de Almada e individualidades ligadas às artes, para a construção de um
planisfério, adianta a vereadora do Urbanismo, Amélia Pardal. “Este é um
território que reúne população de várias origens e culturas, por isso o
trabalho que envolve toda a comunidade é ainda mais representativo”, considera
a vereadora que define o Monumento à Multiculturalidade também como um símbolo
à “tolerância”.
O local para implantar este monumento foi escolhido pela própria presidente
da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, que assinalava esta inauguração
como “um dia de afirmação e valorização do património humano”. A zona do Plano
Integrado de Almada, que é referenciado por alguns apenas com um grande bairro
de habitação social periférico à cidade de Almada, é para a presidente um
exemplo de trabalho “solidário” e do “querer mudar o futuro”, tanto por parte
das instituições que ali trabalham na área do social, como a Santa Casa da
Misericórdia de Almada, como da própria população.
O percurso do monumento
O Monumento à Multiculturalidade é composto por três elementos
escultóricos, e resulta de um trabalho de dois anos que envolveu cerca de 70
participantes. Coordenada pelo escultor Sérgio Vicente, esta obra de arte
pública tem a mão de pessoas da comunidade local e técnicos ligados às artes
plásticas, antropologia, sociologia, história da arte, arquitectura, educação
pela arte. Contou ainda com a participação da Faculdade de Belas Artes, com a
colaboração da Prefeitura de Porto Alegre (Brasil) e do Centro de Investigação
Polis de Barcelona.
“Este é um monumento à tolerância”, afirmava Sérgio Vicente, referindo a um
comportamento que “todos os dias está em causa”.
Cada um dos elementos deste monumento tem um significado social. Assim, a
“casa” representar o estar e a comunhão, o “poço” tem o significado do fazer e
da relação com o trabalho, enquanto o “observatório” reflecte o sentir através
das inquietações do desconhecido e do conhecer.
Agência de Notícias
Comentários
Enviar um comentário