“Privados não podem usar cidadãos para chantagear Governo”
O coordenador do grupo dos Transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) afirmou ontem, em reação à denúncia da Transportes Sul do Tejo (TST) dos acordos dos passes multimodais, que os privados não podem usar os cidadãos para “chantagear” o Governo.
Em declarações à agência Lusa, o administrador da TST, António Corrêa de Sampaio, afirmou que, se o Governo não cumprir com o pagamento das compensações previstas, e “em atraso”, a empresa deixa de aceitar o passe social a partir de Agosto.
O responsável afirmou que o pagamento que a empresa entende estar em falta – 5,5 milhões de euros, “correspondentes às compensações pela diferença entre o preço social e o preço comercial do serviço nos dois últimos anos”, nos passes e nos títulos combinados com o Metropolitano de Lisboa e a Carris, – equivale aos resultados negativos que a TST apresentou em 2011 e 2012.
Contudo, o Governo nega que haja atrasos nos pagamentos, alegando que existe antes um "entendimento diferente dos privados sobre a chave de repartição”.
Situação só prejudica utentes
Na perspetiva do coordenador do grupo dos vereadores dos Transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Joaquim Santos, “mesmo que as empresas privadas de transportes tenham razão, não podem usar-se destes expedientes de chantagem para conseguirem os seus objetivos”, porque “os utentes, que não têm culpa dos diferendos entre as empresas e o Estado, são os prejudicados”.
“Esta situação é muito grave. A decisão é contrária aos interesses dos cidadãos e dos municípios. Existem outros mecanismos negociais. Creio que, mesmo que o Governo não tenha cumprido, não é necessário colocar a população como joguete”, acrescentou.
O autarca, também vice-presidente da Câmara do Seixal (CDU), considerou ainda que, “com estas decisões, os operadores privados demonstram que não estão interessados em prestar um serviço às populações, e que esse serviço deve ser assegurado apenas pelos operadores públicos”.
Na perspetiva do coordenador do grupo dos vereadores dos Transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Joaquim Santos, “mesmo que as empresas privadas de transportes tenham razão, não podem usar-se destes expedientes de chantagem para conseguirem os seus objetivos”, porque “os utentes, que não têm culpa dos diferendos entre as empresas e o Estado, são os prejudicados”.
“Esta situação é muito grave. A decisão é contrária aos interesses dos cidadãos e dos municípios. Existem outros mecanismos negociais. Creio que, mesmo que o Governo não tenha cumprido, não é necessário colocar a população como joguete”, acrescentou.
O autarca, também vice-presidente da Câmara do Seixal (CDU), considerou ainda que, “com estas decisões, os operadores privados demonstram que não estão interessados em prestar um serviço às populações, e que esse serviço deve ser assegurado apenas pelos operadores públicos”.
Ataque ao passe social
O autarca do Seixal diz ainda que “o passe social não pode morrer, tem que ser reforçado, alargado a toda a AML e abranger todos os operadores, e não o contrário. E estamos a trabalhar nesse sentido. É inaceitável que as operadoras privadas denunciem o passe social”, argumentou.
Joaquim Santos avançou ainda que o grupo dos vereadores dos Transportes da AML vai pedir uma reunião urgente ao Governo, “para que se possa, definitivamente, pôr uma pedra sobre o assunto”.
Joaquim Santos avançou ainda que o grupo dos vereadores dos Transportes da AML vai pedir uma reunião urgente ao Governo, “para que se possa, definitivamente, pôr uma pedra sobre o assunto”.
Luísa Ramos, porta-voz da Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul (CUTMS), disse à Lusa que esta decisão da TST "é um ataque muito sério ao passe social intermodal", e "põe em causa a mobilidade das pessoas". Para a CUTMS, o Governo "tem que travar" esta denúncia.
Notícia relacionada: TST deixa de aceitar passes sociais em Agosto
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Agência de Notícias
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