Empresa é agora dona de 100 por cento da empresa
Agência de Notícias
O grupo Barraqueiro, uma das maiores empresas nacionais do sector dos
transportes, vai ficar com o controlo total da Metro Transportes do Sul (MTS) –
que detém a concessão por 30 anos da rede do metropolitano da margem sul do
Tejo. A aquisição foi notificada no final do mês passado à Autoridade da
Concorrência, que terá agora de se pronunciar sobre o negócio. Em cima da mesa
está também uma possível concessão do Metro de Lisboa.
Barraqueiro adquire totalidade do Metro Sul do Tejo |
De acordo com um aviso publicado nesta terça-feira pelo regulador, a
Barraqueiro (subsidiária do grupo com o mesmo nome) notificou, a 29 de Abril,
uma “operação de concentração” que “consiste na aquisição do controlo exclusivo
da MTS”.
De acordo com o jornal Público, o último
relatório desta empresa refere que em 2011 a Barraqueiro detinha 34 por cento
do capital. O grupo foi questionado sobre a participação que possuía aquando da
operação agora notificada e que lhe dará 100 por cento da MTS, mas não respondeu.
“Enquanto a operação estiver em análise na Autoridade da Concorrência, não
prestamos qualquer declaração nem damos informações sobre a mesma”, referiu
fonte oficial.
O mesmo relatório de 2011 refere que faziam também parte da estrutura
accionista a Ascendi (18,08 por cento), a Ensulmeci (10,67 por cento) e a
Teixeira Duarte (9,11 por cento). Também a Sopol e a Siemens detinham uma
participação na MTS, que não foi possível quantificar.
Barraqueiro quer
chegar ao Metro de Lisboa
Este último grupo explicou, em comunicado, que “a venda da participação na
concessionária do Metro Sul do Tejo sempre esteve prevista e teve agora o seu
desfecho normal e planeado”, acrescentando que “depois de estar garantido o bom
funcionamento dos sistemas, como agora acontece com o Metro Sul do Tejo, estes
passam para a responsabilidade dos seus operadores naturais”.
A MTS ganhou a concessão do metro da margem sul em 2002. O prazo de 30 anos
iniciou-se em Dezembro, terminando, por isso, em 2032. A Barraqueiro tem sido
apontada com uma potencial concorrente às novas concessões que o Governo quer lançar
este ano, nomeadamente a da Metro de Lisboa.
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