Almada, Setúbal e Barreiro perdem urgência à noite
Progressivamente vão ser concentradas nos Hospitais de Santa Maria e São José – em Lisboa – as urgências nocturnas de oftalmologia, cirurgia vascular, cirurgia plástica, neurologia, gastroenterologia, psiquiatria e grandes traumatizados. Especialidades que agora estavam repartidas pelos hospitais Garcia de Orta, em Almada, S. Bernardo, em Setúbal e Nossa Senhora do Rosário, Barreiro, S. Francisco Xavier, Lisboa, bem como os hospitais de Cascais, Amadora/Sintra, Loures e Vila Franca de Xira. A 1 Julho, todos esses hospitais deixam de ter estas especialidades entre as oito da noite às oito da manhã.
A partir de 1 de Julho, apenas as urgências nocturnas dos centros hospitalares de Lisboa Norte (Hospital Santa Maria) e Lisboa Central (Hospital São José) irão dispor de todas as especialidades cirúrgicas, anunciou ontem o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.
Luís Cunha Ribeiro fez este anúncio aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, pelos quais está a ser ouvido, a pedido do Bloco de Esquerda. Garantindo que esta reestruturação não tem motivos economicistas, Luís Cunha Ribeiro reconheceu que a decisão leva em conta a carência de profissionais, nomeadamente em determinadas especialidades, uma vez que a partir dos 50 anos os médicos não são obrigados a fazer urgências noturnas e, a partir dos 55, estão dispensados dos serviços de urgência.
Assim, e a partir de 1 de Julho, a organização deve assentar em dois centros de trauma com todas as especialidades cirúrgicas: o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Pulido Valente) e o Centro Hospitalar de Lisboa Central (São José, Santa Marta, Capuchos, Curry Cabral, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa). O apoio nocturno de neurocirurgia mantém-se no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz) e no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Cirurgia geral e ortopedia mantém-se em todos os hospitais
Segundo Luís Cunha Ribeiro, a reestruturação implica que “o apoio ao trauma com cirurgia geral e ortopedia se mantenha em todos os outros hospitais com urgência médico-cirúrgica” e estão a ser avaliadas outras especialidades, nomeadamente a Neurologia, a Gastrenterologia e a Psiquiatria, nas quais “o movimento não justifica mais recursos do que os que são alocados a um ou dois hospitais, no máximo”.
A anunciada reestruturação está a ser preparada há um ano e depende da colaboração dos profissionais, uma vez que implica a deslocação de alguns para os centros que estarão a funcionar durante o período nocturno (das 20h às 8h). A título de exemplo, o presidente desta ARS disse que este modelo de urgência nocturna já se pratica na área da Otorrinolaringologia, com o atendimento a ser assegurado pelo Hospital de Santa Maria.
Setúbal e Barreiro sem equipas médicas
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo detectou vários serviços hospitalares com apenas um elemento, que era chefe do serviço, revelou o seu presidente, citado pela agência Lusa.
O presidente desta ARS revelou que alguns desses serviços em que o chefe é o único elemento da equipa foram identificados em vários hospitais, como o de Setúbal e de Barreiro/Montijo.
“Esse chefe de serviço tem de se ver ao espelho para reunir com a equipa”, ironizou Luís Cunha Ribeiro, que defende a concentração de serviços para resolver este problema que, adiantou, arrasta-se há anos.
A ideia é concretizar a medida a 01 de Julho, embora o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo tenha assumido que esta só avança com o acordo dos conselhos de administração dos hospitais. No caso de não concordarem, avançou, algumas urgências hospitalares poderão deixar de não assegurar o atendimento nocturno nesta área, devido à falta de pessoal.
Agência de Notícias
Progressivamente vão ser concentradas nos Hospitais de Santa Maria e São José – em Lisboa – as urgências nocturnas de oftalmologia, cirurgia vascular, cirurgia plástica, neurologia, gastroenterologia, psiquiatria e grandes traumatizados. Especialidades que agora estavam repartidas pelos hospitais Garcia de Orta, em Almada, S. Bernardo, em Setúbal e Nossa Senhora do Rosário, Barreiro, S. Francisco Xavier, Lisboa, bem como os hospitais de Cascais, Amadora/Sintra, Loures e Vila Franca de Xira. A 1 Julho, todos esses hospitais deixam de ter estas especialidades entre as oito da noite às oito da manhã.
Distrito de Setúbal perde algumas urgências em período nocturno |
A partir de 1 de Julho, apenas as urgências nocturnas dos centros hospitalares de Lisboa Norte (Hospital Santa Maria) e Lisboa Central (Hospital São José) irão dispor de todas as especialidades cirúrgicas, anunciou ontem o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.
Luís Cunha Ribeiro fez este anúncio aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, pelos quais está a ser ouvido, a pedido do Bloco de Esquerda. Garantindo que esta reestruturação não tem motivos economicistas, Luís Cunha Ribeiro reconheceu que a decisão leva em conta a carência de profissionais, nomeadamente em determinadas especialidades, uma vez que a partir dos 50 anos os médicos não são obrigados a fazer urgências noturnas e, a partir dos 55, estão dispensados dos serviços de urgência.
Assim, e a partir de 1 de Julho, a organização deve assentar em dois centros de trauma com todas as especialidades cirúrgicas: o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Pulido Valente) e o Centro Hospitalar de Lisboa Central (São José, Santa Marta, Capuchos, Curry Cabral, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa). O apoio nocturno de neurocirurgia mantém-se no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz) e no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Cirurgia geral e ortopedia mantém-se em todos os hospitais
Segundo Luís Cunha Ribeiro, a reestruturação implica que “o apoio ao trauma com cirurgia geral e ortopedia se mantenha em todos os outros hospitais com urgência médico-cirúrgica” e estão a ser avaliadas outras especialidades, nomeadamente a Neurologia, a Gastrenterologia e a Psiquiatria, nas quais “o movimento não justifica mais recursos do que os que são alocados a um ou dois hospitais, no máximo”.
A anunciada reestruturação está a ser preparada há um ano e depende da colaboração dos profissionais, uma vez que implica a deslocação de alguns para os centros que estarão a funcionar durante o período nocturno (das 20h às 8h). A título de exemplo, o presidente desta ARS disse que este modelo de urgência nocturna já se pratica na área da Otorrinolaringologia, com o atendimento a ser assegurado pelo Hospital de Santa Maria.
Setúbal e Barreiro sem equipas médicas
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo detectou vários serviços hospitalares com apenas um elemento, que era chefe do serviço, revelou o seu presidente, citado pela agência Lusa.
O presidente desta ARS revelou que alguns desses serviços em que o chefe é o único elemento da equipa foram identificados em vários hospitais, como o de Setúbal e de Barreiro/Montijo.
“Esse chefe de serviço tem de se ver ao espelho para reunir com a equipa”, ironizou Luís Cunha Ribeiro, que defende a concentração de serviços para resolver este problema que, adiantou, arrasta-se há anos.
A ideia é concretizar a medida a 01 de Julho, embora o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo tenha assumido que esta só avança com o acordo dos conselhos de administração dos hospitais. No caso de não concordarem, avançou, algumas urgências hospitalares poderão deixar de não assegurar o atendimento nocturno nesta área, devido à falta de pessoal.
Agência de Notícias
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