Quebra
de receitas dita fecho de jornal de referência de Setúbal
O jornal centenário O Setubalense – um jornal de
referência da cidade de Setúbal – vai suspender a publicação por tempo
indeterminado já a partir da próxima semana lançando mais uma dezena de
trabalhadores no desemprego, revelaram nesta quarta-feira à agência Lusa fontes
da empresa. A quebra das vendas e a falta de publicidade das empresas da cidade
e da autarquia leva ao fecho de um jornal que no dia 1 de Junho completava 158
anos.
Quase a completar 158 anos, O Setubalense vai ser suspenso |
"Fomos informados de que a edição da próxima sexta-feira seria a
última e que na próxima semana já não precisávamos de vir trabalhar",
disseram à Lusa alguns trabalhadores, que acrescentaram ter "cerca de dois
meses e meio de salários em atraso".
O trissemanário O Setubalense, que completa 158 anos no próximo dia 1 de Junho, e que até agora se publicava às segundas, quartas e sextas-feiras, tem actualmente dez funcionários, incluindo cinco jornalistas.
Alguns trabalhadores do jornal admitem avançar desde já com o pedido de suspensão dos contratos de trabalho.
O trissemanário O Setubalense, que completa 158 anos no próximo dia 1 de Junho, e que até agora se publicava às segundas, quartas e sextas-feiras, tem actualmente dez funcionários, incluindo cinco jornalistas.
Alguns trabalhadores do jornal admitem avançar desde já com o pedido de suspensão dos contratos de trabalho.
Proprietária explica fecho com quebra de vendas
Contactada pela Lusa, a proprietária do jornal O Setubalense, Patrocínia Fidalgo, confirmou a intenção de suspender a publicação já a partir da próxima semana e admitiu que os trabalhadores têm cerca de dois meses e meio de salários em atraso.
"Houve uma grande quebra nas vendas e na publicidade, as despesas continuam, os encargos com o pessoal são muito grandes e decidimos suspender a publicação do jornal durante algum tempo", justificou.
"Esperamos que, durante o período de suspensão da publicação do jornal, as pessoas entendam que O Setubalense é uma referência e uma mais valia para a cidade. Não queremos que nos dêem nada, queremos apenas que façam publicidade", acrescentou.
Contactada pela Lusa, a proprietária do jornal O Setubalense, Patrocínia Fidalgo, confirmou a intenção de suspender a publicação já a partir da próxima semana e admitiu que os trabalhadores têm cerca de dois meses e meio de salários em atraso.
"Houve uma grande quebra nas vendas e na publicidade, as despesas continuam, os encargos com o pessoal são muito grandes e decidimos suspender a publicação do jornal durante algum tempo", justificou.
"Esperamos que, durante o período de suspensão da publicação do jornal, as pessoas entendam que O Setubalense é uma referência e uma mais valia para a cidade. Não queremos que nos dêem nada, queremos apenas que façam publicidade", acrescentou.
Director fala em falta de apoio das empresas e da autarquia
Segundo o director do jornal, José Araújo, as dificuldades do jornal resultam fundamentalmente da diminuição da publicidade das grandes empresas da região e de diversas entidades da administração central e local.
"Temos grandes empresas na região mas estão de costas voltadas para os problemas locais. A publicidade dos organismos da administração central foi reduzida e os organismos públicos locais também estão de costas voltados para o jornal. Quando falamos de coisas incómodas, há sempre movimentações, ameaças e processos", disse o director do jornal.
"A Câmara de Setúbal, por exemplo, gasta milhares de euros em publicações internas e em departamentos de marketing e não apoia os jornais locais. Pelo menos não apoia o jornal O Setubalense há mais de quatro anos", frisou.
A agência Lusa tentou ouvir hoje ao fim do dia a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, mas não foi possível porque a autarca comunista está em período de férias.
Segundo o director do jornal, José Araújo, as dificuldades do jornal resultam fundamentalmente da diminuição da publicidade das grandes empresas da região e de diversas entidades da administração central e local.
"Temos grandes empresas na região mas estão de costas voltadas para os problemas locais. A publicidade dos organismos da administração central foi reduzida e os organismos públicos locais também estão de costas voltados para o jornal. Quando falamos de coisas incómodas, há sempre movimentações, ameaças e processos", disse o director do jornal.
"A Câmara de Setúbal, por exemplo, gasta milhares de euros em publicações internas e em departamentos de marketing e não apoia os jornais locais. Pelo menos não apoia o jornal O Setubalense há mais de quatro anos", frisou.
A agência Lusa tentou ouvir hoje ao fim do dia a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, mas não foi possível porque a autarca comunista está em período de férias.
Agência
de Notícias
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