Parque subterrâneo de Setúbal continua em discussão


Presidente da Câmara diz que oposição apenas faz “política destrutiva”

O executivo CDU na Câmara Municipal de Setúbal exige que a oposição apresente medidas alternativas no sentido de viabilizar a construção do parque de estacionamento subterrâneo na Avenida Luísa Todi. A proposta do executivo foi chumbada pela oposição em bloco na Assembleia Municipal. Em comunicado o BE refere que “defenderam que o estacionamento deve estar sob a responsabilidade directa da autarquia”, uma vez que “só assim pode tomar opções que favoreçam a cidade”

Autarca de Setúbal não gostou do chumbo da Assembleia Municipal

A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, diz que a oposição tem de assumir responsabilidades no chumbo em Assembleia Municipal da proposta de construção do parque subterrâneo. “É uma oposição que não apresenta propostas, limita-se a fazer uma política destrutiva”, adianta a chefe do executivo setubalense.  
Maria das Dores Meira lamenta o chumbo da proposta de construção, concessão e exploração do parque de estacionamento subterrâneo, argumentando que este é um projeto essencial para a revitalização do centro histórico da cidade. Uma vez que o contrato de concessão de parques públicos na Avenida Luísa Todi termina em Março de 2014, “é indispensável que se encontre uma alternativa viável para a cidade com a maior brevidade”.

Associação de Comércio ao lado do executivo
O facto da gestão do estacionamento ficar no poder privado juntamente com o longo prazo de cinquenta anos para a empresa que garanta a concessão do parque, são as razões apresentadas pelos partidos da oposição no chumbo da proposta.
A presidente explica que “não é compensador a alteração do prazo para menos de cinquenta anos, sendo que o investimento de oito milhões, por parte de um investidor privado, só terá retorno passado este tempo”.
De acordo com a autarca, a Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal apoia o executivo CDU na concretização deste projeto e espera que a oposição tenha em consideração as necessidades dos comerciantes da baixa de Setúbal. “Havendo ou não propostas por parte da oposição, o executivo não vai desistir de avançar com esta proposta”, conta Maria das Dores Meira.

BE explica voto contra
A exemplo dos restantes deputados municipais na Assembleia Municipal de Setúbal, os elementos do Bloco de Esquerda, Álvaro Arranja e José Luís Andrade, pronunciaram-se, na última reunião, contra a celebração de um contrato de construção de um parque de estacionamento subterrâneo em Setúbal, na avenida Luísa Todi, que implicava a concessão por 50 anos do estacionamento de superfície a uma empresa privada.
Em comunicado, a Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda vem clarificar que o seu voto contra se deve ao facto de que “conceder por 50 anos a uma empresa privada a exploração do estacionamento numa tão vasta área da cidade, seria alienar num enorme espaço de tempo, uma capacidade que deve estar em poder da autarquia”, sendo uma empresa privada “a tomar importantes decisões nas áreas do urbanismo e mobilidade por meio século. Serão hipotecadas as receitas de estacionamento para os próximos 50 anos”.
Os deputados municipais do Bloco de Esquerda referem que “defenderam que o estacionamento deve estar sob a responsabilidade directa da autarquia”, uma vez que “só assim pode tomar opções que favoreçam a cidade” e que sugeriram também que “haja uma redução nas tarifas de estacionamento para quem faça compras nas lojas da baixa, como via de defender o comércio local”, defendendo ainda “uma outra lógica de desenvolvimento sustentável da cidade baseada em políticas de mobilidade assentes nos modos suaves (pedonal e ciclável) e nas redes de transportes públicos”.



Agência de Notícias 

Comentários