Explosão em Lisboa provoca dois feridos graves

Susto em explosão gigante em rua de Lisboa

Pelo menos 50 pessoas foram afectadas por uma explosão seguida de incêndio que ocorreu em Campolide, Lisboa, esta terça-feira de manhã. Há quatro feridos a registar, dois graves e dois ligeiros, informou no local o segundo comandante dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, Carlos Monteiro. "Dois dos feridos serão funcionários da loja de estofadores [onde começou o incêndio]", afirmou Carlos Monteiro numa conferência de imprensa dada no local, adiantando que foram transportados para o Hospital de São José e que os dois feridos ligeiros eram transeuntes.

Explosão provocou quatro feridos esta manhã em Lisboa 
Uma explosão seguida de incêndio no rés-do-chão de um prédio na Rua Conde das Antas, em Campolide (Lisboa), provocou pelo menos quatro feridos, dois deles com gravidade. Um dos feridos graves é um estofador, de cerca de 65 anos, que se encontrava no interior da oficina instalada no rés-do-chão do número 22, um prédio de três andares. O homem sofreu queimaduras, especialmente na parte superior do corpo, disse Miguel Marques, secretário da Junta de Freguesia de Campolide e membro da unidade de Protecção Civil da freguesia.
Uma testemunha, que ia a passar na rua no momento da explosão, pouco antes das dez da manhã, contou que viu o homem sair do prédio "em chamas". "Parecia o fim do mundo. Ia a passar e ouvi um estrondo, fui projectada contra a parede. Depois só vi muito fumo e móveis a voar, e o senhor a sair em chamas e a cambalear", descreveu uma moradora, ainda abalada pelo susto ao jornal Público.
O outro ferido grave é, segundo os relatos de testemunhas, um homem que iria a passar na rua e foi projectado. "Estava na cama, ouvi um estrondo e quando abri a porta vi o senhor estendido no chão, levou com um sofá em cima", contou Jorge Silva, que mora no prédio vizinho. O segundo comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, major Carlos Monteiro, admitiu que este ferido grave poderá ser funcionário da oficina, mas segundo os proprietários de um café situado a poucos metros do prédio, o estofador trabalhava sozinho.
A explosão provocou ainda mais dois feridos ligeiros, pessoas que iam a passar na rua no momento da explosão. Um deles não precisou de assistência hospitalar, os outros três foram transportados para o Hospital de S. José.
Segundo disse à Lusa fonte hospitalar, um dos feridos graves apresenta um prognóstico reservado, estando a ser assistido às queimaduras de primeiro e segundo graus. Os outros dois apresentam escoriações. 

Causas permanecem desconhecidas 
Vários edifícios e viaturas ficaram destruídas 
As causas da explosão ainda não são conhecidas. Miguel Marques, admitiu, porém, que possa ter tido origem numa botija de gás industrial. “Foi um rebentamento de grandes dimensões, pelos danos materiais que causou. Há dez a 12 prédios atingidos, mas sem danos estruturais, apenas com vidros partidos”, acrescentou.
A responsável municipal da Protecção Civil da capital, Emília Castela, afirmou que os estragos são visíveis em prédios espalhados por quatro ruas à volta, tratando-se sobretudo de vidros partidos. No total, cerca de 50 pessoas terão sido afectadas. Durante a tarde serão realizadas vistorias para avaliar o estado do edifício onde ocorreu a explosão e dos prédios contíguos. Só depois os moradores serão autorizados a regressar às suas casas.
Segundo os bombeiros e a Protecção Civil, havia algumas pessoas no prédio quando ocorreu a explosão, mas ninguém ficou ferido. O secretário da Junta de Freguesia de Campolide afirmou que o edifício não deverá ter danos estruturais e sublinhou que o incêndio foi "rapidamente extinto". As chamas propagaram-se ao primeiro andar, mas apenas ao nível das janelas, adiantou.
Três viaturas, que estavam estacionadas em frente ao prédio, ficaram completamente queimadas e outros três veículos ficaram com vidros danificados.
Ao final da manhã, os bombeiros procediam ao rescaldo do incêndio e à limpeza da via, que permanecia cortada ao trânsito. O alerta foi dado às 9h48 e a situação foi inicialmente descrita como "grave" por fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa: "Houve uma explosão com projecção de vários móveis. Há várias viaturas a arder". 


Agência de Notícias 

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