Susto em explosão gigante em rua de Lisboa
Explosão provocou quatro feridos esta manhã em Lisboa |
Uma explosão seguida de incêndio no rés-do-chão de um
prédio na Rua Conde das Antas, em Campolide (Lisboa), provocou pelo menos
quatro feridos, dois deles com gravidade. Um dos feridos graves é um estofador, de cerca de 65
anos, que se encontrava no interior da oficina instalada no rés-do-chão do
número 22, um prédio de três andares. O homem sofreu queimaduras, especialmente
na parte superior do corpo, disse Miguel Marques, secretário da Junta de
Freguesia de Campolide e membro da unidade de Protecção Civil da freguesia.
Uma testemunha, que ia a passar na rua no momento da
explosão, pouco antes das dez da manhã, contou que viu o homem sair do
prédio "em chamas". "Parecia o fim do mundo. Ia a passar e
ouvi um estrondo, fui projectada contra a parede. Depois só vi muito fumo e
móveis a voar, e o senhor a sair em chamas e a cambalear", descreveu uma
moradora, ainda abalada pelo susto ao jornal Público.
O outro ferido grave é, segundo os relatos de
testemunhas, um homem que iria a passar na rua e foi projectado. "Estava
na cama, ouvi um estrondo e quando abri a porta vi o senhor estendido no chão,
levou com um sofá em cima", contou Jorge Silva, que mora no prédio
vizinho. O segundo comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa,
major Carlos Monteiro, admitiu que este ferido grave poderá ser funcionário da
oficina, mas segundo os proprietários de um café situado a poucos metros do
prédio, o estofador trabalhava sozinho.
A explosão provocou ainda mais dois feridos ligeiros,
pessoas que iam a passar na rua no momento da explosão. Um deles não precisou
de assistência hospitalar, os outros três foram transportados para o Hospital
de S. José.
Segundo disse à Lusa fonte hospitalar, um dos feridos
graves apresenta um prognóstico reservado, estando a ser assistido às
queimaduras de primeiro e segundo graus. Os outros dois apresentam
escoriações.
Causas
permanecem desconhecidas
Vários edifícios e viaturas ficaram destruídas |
As causas da explosão ainda não são conhecidas. Miguel Marques, admitiu, porém,
que possa ter tido origem numa botija de gás industrial. “Foi um
rebentamento de grandes dimensões, pelos danos materiais que causou. Há dez a
12 prédios atingidos, mas sem danos estruturais, apenas com vidros partidos”,
acrescentou.
A responsável municipal da Protecção Civil da capital,
Emília Castela, afirmou que os estragos são visíveis em prédios espalhados por
quatro ruas à volta, tratando-se sobretudo de vidros partidos. No total, cerca
de 50 pessoas terão sido afectadas. Durante a tarde serão realizadas
vistorias para avaliar o estado do edifício onde ocorreu a explosão e dos
prédios contíguos. Só depois os moradores serão autorizados a regressar às suas
casas.
Segundo os bombeiros e a Protecção Civil, havia
algumas pessoas no prédio quando ocorreu a explosão, mas ninguém ficou ferido.
O secretário da Junta de Freguesia de Campolide afirmou que o edifício não
deverá ter danos estruturais e sublinhou que o incêndio foi "rapidamente extinto".
As chamas propagaram-se ao primeiro andar, mas apenas ao nível das janelas,
adiantou.
Três viaturas, que estavam estacionadas em frente ao
prédio, ficaram completamente queimadas e outros três veículos ficaram com
vidros danificados.
Ao final da manhã, os bombeiros procediam ao rescaldo
do incêndio e à limpeza da via, que permanecia cortada ao trânsito. O alerta
foi dado às 9h48 e a situação foi inicialmente descrita como "grave"
por fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa: "Houve uma
explosão com projecção de vários móveis. Há várias viaturas a arder".
Agência de Notícias
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