Concentração de Ozono volta a ultrapassar os limites
Os valores de concentração de ozono
foram na segunda-feira ultrapassados em várias estações de medição da qualidade
do ar, informaram as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)
do Norte, de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro. Lisboa, Almada e Barreiro
ultrapassaram limites.
Desaconselha-se a prática de desporto durante os períodos de muito calor |
O valor de 180
microgramas por metro cúbico de ar está definido como limiar de alerta à
população.Entre as 12 e as 13 horas foi registado no concelho de Lisboa o valor de
182 microgramas por metro cúbico, no concelho de Almada atingiram-se os 191
microgramas por metro cúbico e no concelho do Barreiro foi atingido o valor de
200 microgramas por metro cúbico. Neste último concelho, na hora
seguinte, das 13 às 14 horas, a concentração de ozono era da ordem dos190
microgramas por metro cúbico.
No Norte do país também se registou
uma ultrapassagem dos valores-limite, tendo sido registados, no concelho de
Braga, 188 microgramas por metro cúbico entre as 12h e as 13h e 189 entre as
13h e as 14h. No concelho de Valongo, entre as 13h e as 14h atingiram-se 190
microgramas por metro cúbico. Em Santo Tirso, entre as 14h e as 15h, o
valor alcançado foi de 208 e, no concelho da Maia, o valor foi de 196. Também
em Matosinhos foram atingidos os 189 microgramas entre as 13h e as 14h e 194 na
hora seguinte.
Na segunda-feira também já foi
mencionada pela CCDR do Centro uma ultrapassagem deste valor no concelho de
Coimbra, onde se obteve o valor de 204 microgramas por metro cúbico entre as 13
e as 14 horas.
Danos para a saúde
Os valores de concentração registados
podem provocar danos na saúde humana, especialmente nos grupos mais sensíveis
da população (crianças, idosos, asmáticos, alérgicos e indivíduos com outras
doenças respiratórias ou cardíacas), acrescenta a nota da CCDR do Centro.
Recomenda-se, por isso, que os
residentes nos locais afectados reduzam ao mínimo a actividade física intensa
no exterior (sobretudo ao ar livre), evitem outros factores de risco, tais como
fumar ou utilizar/contactar com produtos irritantes contendo solventes na sua
composição, respeitem rigorosamente tratamentos médicos em curso e recorram a
cuidados médicos, em caso de agravamento de eventuais sintomas.
“A exposição a este poluente afecta,
essencialmente, as mucosas oculares e respiratórias, podendo o seu efeito
manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito,
falta de ar e irritações oculares”, explica a CCDR do Centro que, no
domingo, tinha anunciado situação semelhante em Montemor-o-Velho, concelho que
faz fronteira com Coimbra.
Agência de Notícias
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