Enfermeiros protestam contra despedimentos anunciados
Mais de uma centena de enfermeiros estiveram numa vigília
junto ao Hospital Garcia da Horta, em Almada, em protesto contra “despedimentos
e falta de condições” dos hospitais e centros de saúde do distrito de Setúbal.
Segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses,
no hospital do Montijo “há muitos utentes e poucos enfermeiros”. No
caso do Hospital Garcia de Orta, “nas
urgências e consultas pediátricas, também não há condições para os utentes e os
profissionais”.
Os enfermeiros reclamam que têm condições de trabalho cada vez mais
degradadas, devido aos efeitos da sobrecarga de trabalho, tendo em conta a nova
medida do Governo que aumenta o horário de trabalho da função pública para 40
horas semanais.
“As urgências dos hospitais estão a abarrotar e cada vez mais enfermeiros
emigram por falta de contratação em Portugal”, adianta Zoraima Prado, dirigente
do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Zoraima Prado considera “preocupante a constante saída de enfermeiros, a incapacidade das
urgências em receber utentes e o facto de muitos hospitais não terem sequer
macas para levar os doentes para os quartos”. A vigília organizada esta
semana em Almada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses contou com a
participação de utentes e profissionais da área da saúde, uma vez que “é importante encontrar soluções e definir
propostas para combater as dificuldades que o Ministério da Saúde e o Governo
têm criado neste setor”, salienta Zoraima Prado.
Com a saída de enfermeiros e falta de contratação, “não há profissionais para os doentes que
precisam de ser assistidos em casa e, por exemplo, no hospital do Montijo há
muitos utentes e poucos enfermeiros”. No caso do Hospital Garcia de
Orta, “nas urgências e consultas
pediátricas, também não há condições para os utentes e os profissionais”,
conta a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
As soluções para
alguns problemas “passam pela
contratação de enfermeiros, pelo que o Governo deve investir na saúde, pois já
não é possível fazer mais cortes neste setor”. As questões que marcaram
a ação realizada em defesa do Sistema Nacional de Saúde têm que ver com a
recente falta de vacinas, as faltas de materiais, como luvas, ligaduras e
pensos específicos, e o despedimento de centenas de enfermeiros nos centros de
saúde.
Agência de Notícias
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