Centros de saúde em Lisboa e Setúbal vão fechar para almoço
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou esta quarta-feira para "o encerramento" de muitos centros de saúde em Lisboa, Setúbal e Santarém à hora de almoço, a partir desta semana, devido à obrigatoriedade de estes profissionais pararem durante uma hora para almoçar, avança a agência Lusa, citada pelo Diário Digital. Os Enfermeiros estão contra imposição de pausas de almoço nos centros de saúde e já agendaram uma greve para dia 15 nos três distritos visados pela directriz da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) contesta as pausas forçadas para almoço e acusa a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) de impor o fecho dos centros de saúde, a partir desta semana, à hora de almoço.
Até agora, os enfermeiros assumiam a manutenção dos cuidados de saúde sem interrupção, correspondendo aos “muitos utentes que aproveitam a hora de almoço para ir ao centro de saúde”, contando com a disponibilidade total do enfermeiro, explicou à Lusa o dirigente do SEP José Carlos Martins.
Esta alteração prende-se com o fim da jornada contínua, de que os enfermeiros beneficiavam há 22 anos e que permitia que estes profissionais, dispondo de 30 minutos para a sua refeição, permanecessem contudo nos serviços, mantendo a sua disponibilidade para a prestação dos cuidados, "salvaguardando sempre as situações de urgência".
O SEP acusa a ARSLVT de ter decidido "arbitrariamente encerrar serviços" e responsabiliza-a "pelas situações de risco que possam resultar deste encerramento de cuidados de saúde".
Para José Carlos Martins, esta situação não tem sequer a vantagem de garantir mais apoio ao final do dia (visto que os enfermeiros passam a sair mais tarde), pois essa cobertura já estava assegurada com o desfasamento de horários dos enfermeiros, que permitia a cobertura completa do dia.
"Agora, os enfermeiros passam a sair mais tarde, mas o período de almoço fica descoberto. Os enfermeiros interrompem uma hora para almoço, o que significa que, independentemente de as portas do centro de saúde estarem abertas, não há enfermeiros, nem funcionários", acrescentou.
Assim, acontece que alguns agrupamentos de centros de saúde (ACES) inteiros ficam encerrados à hora de almoço e há outros casos em que não abrange todo o universo do ACES, encerrando apenas algumas unidades.
A Administração Regional de Saúde já disse que a aprovação dos diversos horários não acarretará "quebra ou diminuição dos cuidados de saúde".
Para o dia 15 estão agendadas greves de enfermeiros nos distritos de Lisboa, Setúbal Santarém contra a "imposição de medidas pelo Governo".
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou esta quarta-feira para "o encerramento" de muitos centros de saúde em Lisboa, Setúbal e Santarém à hora de almoço, a partir desta semana, devido à obrigatoriedade de estes profissionais pararem durante uma hora para almoçar, avança a agência Lusa, citada pelo Diário Digital. Os Enfermeiros estão contra imposição de pausas de almoço nos centros de saúde e já agendaram uma greve para dia 15 nos três distritos visados pela directriz da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
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Enfermeiros obrigados a parar na hora de almoço |
Até agora, os enfermeiros assumiam a manutenção dos cuidados de saúde sem interrupção, correspondendo aos “muitos utentes que aproveitam a hora de almoço para ir ao centro de saúde”, contando com a disponibilidade total do enfermeiro, explicou à Lusa o dirigente do SEP José Carlos Martins.
Esta alteração prende-se com o fim da jornada contínua, de que os enfermeiros beneficiavam há 22 anos e que permitia que estes profissionais, dispondo de 30 minutos para a sua refeição, permanecessem contudo nos serviços, mantendo a sua disponibilidade para a prestação dos cuidados, "salvaguardando sempre as situações de urgência".
O SEP acusa a ARSLVT de ter decidido "arbitrariamente encerrar serviços" e responsabiliza-a "pelas situações de risco que possam resultar deste encerramento de cuidados de saúde".
Para José Carlos Martins, esta situação não tem sequer a vantagem de garantir mais apoio ao final do dia (visto que os enfermeiros passam a sair mais tarde), pois essa cobertura já estava assegurada com o desfasamento de horários dos enfermeiros, que permitia a cobertura completa do dia.
"Agora, os enfermeiros passam a sair mais tarde, mas o período de almoço fica descoberto. Os enfermeiros interrompem uma hora para almoço, o que significa que, independentemente de as portas do centro de saúde estarem abertas, não há enfermeiros, nem funcionários", acrescentou.
Medida não é para todos
José Carlos Martins especificou contudo que esta medida não é para todos os enfermeiros, apenas para aqueles a quem foram dadas orientações nesse sentido.Assim, acontece que alguns agrupamentos de centros de saúde (ACES) inteiros ficam encerrados à hora de almoço e há outros casos em que não abrange todo o universo do ACES, encerrando apenas algumas unidades.
A Administração Regional de Saúde já disse que a aprovação dos diversos horários não acarretará "quebra ou diminuição dos cuidados de saúde".
Para o dia 15 estão agendadas greves de enfermeiros nos distritos de Lisboa, Setúbal Santarém contra a "imposição de medidas pelo Governo".
Agência
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